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Ecologia integral nas escolas é tema de projeto realizado pela ANEC

21/09/2021
Por  ANEC Comunicação

A formação dos estudantes vai muito além dos conhecimentos necessários para conquistar bons resultados em provas. A escola deve contribuir para a formação de cidadãos que integram uma sociedade que precisa agir de forma imediata para rever práticas econômicas, que  levaram o planeta ao atual cenário de degradação social e ambiental. O último relatório publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas é um alerta vermelho. De acordo com a ONU, os alarmes são ensurdecedores e é necessário unir forças para evitar a catástrofe climática. O IPCC já indicou que algumas consequências do aquecimento global são irreversíveis. Em breve, se nada for feito imediatamente, o planeta sofrerá com um aumento de 1,5 grau na temperatura até 2030. O aumento do nível dos mares entre 2006 e 2018 foi de 3,7 mm, o maior aumento já observado.

Para capacitar as novas gerações a descobrirem soluções para os problemas sociais, econômicos e ambientais, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) idealizou o projeto Casa Mãe. Por meio de práticas pautadas na ecologia integral pensada a partir de uma educação evangelizadora, estudantes de 3 a 17 anos, de Minas Gerais, vão participar de projeto piloto para aprender o papel de cada um para a melhoria das relações entre todas as criaturas do planeta nas dimensões ambiental, econômica, social e cultural. 

A Ecologia Integral é um termo utilizado pelo Papa Francisco no Laudato Sí para expressar que a relação entre as pessoas e entre elas e o meio ambiente não é de domínio, mas baseada na ética do cuidado, na cooperação e na reciprocidade. Viver em harmonia é uma responsabilidade assumida por todos independentemente de geração, gênero, classe, etnia.  “Nosso desafio é interpretar um sonho, criando uma materialidade da ecologia integral dentro das escolas. A partir do diagnóstico realizado em cada instituição, será feita uma prescrição de ações específicas para atender às demandas de cada centro educacional”, explica a Diretora de Ecologia Integral, Responsabilidade Corporativa e Relações Institucionais da Sociedade Inteligência e Coração da ANEC, Alelulia Heringer.

Para Aleluia, o projeto será dividido em fases e irá orientar a criação de uma metodologia que possa inspirar outras instituições de educação a aderir a práticas pedagógicas na perspectiva da ecologia integral e de uma educação integradora, na Educação Básica e nas licenciaturas do Ensino Superior.

A primeira é um levantamento completo de informações sobre a instituição de ensino. O questionário aborda desde o conhecimento dos responsáveis sobre a Política Nacional de Meio Ambiente até a existência de iniciativas como a captação de água da chuva e existência de projetos voltados para a redução do desperdício de alimentos. Após o mapeamento é realizado o acompanhamento da implantação e implementação do plano de ação, voltado para a ampliação de espaços de diálogo sobre as políticas públicas que incidem sobre uma educação fundamentada em uma dimensão consciente e sustentável do protagonismo juvenil. 

Para a Gerente de Educação Básica da ANEC, Roberta Guedes, ao aprenderem práticas pautadas na ecoteologia e na ecologia integral, as crianças e os jovens serão os protagonistas no processo de transformação da sociedade. “A iniciativa da Câmara de Educação Básica, apoiada pelo Setor de Animação Pastoral e Câmara de Ensino Superior, em parceria com o Conselho da ANEC-MG,  vai buscar mostrar a importância da adoção, nas associadas da ANEC,  de práticas pautadas em uma educação evangelizadora, profética, intencional e transformadora da sociedade em busca de uma nova economia, a economia de Francisco”, explica a Gerente de Educação Básica da ANEC. 

As escolas que participarem do projeto irão receber até dois estagiários das licenciaturas da PUC MG para ajudar no desenvolvimento de ações voltadas à questão socioambiental e alicerçada na ecologia integral. É uma ação que coloca os estudantes das licenciaturas em uma significativa experiência do exercício da docência na educação básica aproximando-os, assim, da teoria e da prática, por meio do estágio supervisionado. A princípio, 15 escolas de Minas Gerais irão participar da fase piloto do Projeto Casa Mãe e, futuramente, a metodologia será expandida para outros centros de ensino. 


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