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Os compromissos do Pacto Educativo passam por construir uma ‘aldeia global de educação’

25/09/2021
Por  ANEC Comunicação

Palestrantes debateram sobre como usar as ferramentas para construção de uma educação mais igualitária e inclusiva a todos

Os desafios de como tornar o Pacto Educativo real? Esse foi o tema central na segunda parte da tarde de sexta-feira (24/9) no Seminário Nacional de Gestão na Educação Católica. Os professores Carina Rossa, da Universidade LUMSA, Prof. Emanuele Pili, Universidade da Gênova e Silvia Cataldi, da Universidade La Sapienza foram convidados para comentar sobre os desafios  enfrentados e propostos por eles.

A Prof. Carina Rossa da Universidade Sophia tomou a palavra enfatizando a proposta feita pelo Papa Francisco em relação ao Pacto Educativo Global, “o Papa Francisco nos lança uma proposta de que é necessário construir uma ‘aldeia global de educação’. Nossa tarefa é encontrar as ferramentas para o caminho da construção dessa aldeia, que seria mais igualitária e inclusiva a todos,” afirma.

Para a professora, durante a pandemia, a educação e desigualdade mostraram a sua verdadeira face, “a pandemia deixou em evidência  toda exclusão e desigualdade que já existia na educação, agora mais acentuados durante a crise sanitária. A desigualdade para a educação alcançou milhões de alunos que neste momento não podem frequentar a escola”.

Segundo os últimos relatórios da UNESCO, cerca de 17% da população mundial não podem ir à escola devido a situação pandêmica, um dado preocupante para a professora, “a educação é uma oportunidade com o potencial para transformar as vidas. Quando oferecemos educação construímos pontes, mas se essa oferta for desigual, temos muros que são erguidos.” Para enfrentar esse desafio Papa Francisco lança essa proposta, o Pacto Educativo Global. “Ele não propõe uma ação educativa e nem convida a fazermos um programa de educação, mas centra-se em uma aliança educativa entre todos os atores da sociedade pois a educação se faz juntos,” afirma.

Já para o Professor da Universidade de Gênova, Emanuele Pili, o Pacto Educativo traz um contexto sociocultural e mais desafios educativos, “O Pacto Educativo não é desencanado ou abstrato, mas tenta interceptar e trabalhar em um contexto sociocultural muito preciso” conta. Para Pili, não é somente relançar uma experiência cristã, “O papa envia essa mensagem a todas as culturas, não se trata de uma mensagem somente para o mundo católico, ou seja, pensar na possibilidade de ver a juventude protagonista do amanhã,” conclui.

Para Silvia Cataldi, da Universidade La Sapienza, o Pacto Educativo Global está inserido no contexto mais amplo, “podemos interpretar como um percurso mais geral de engajamento por parte de vários organismos nacionais e internacionais.” Para ela, esse caminho começa em um desenvolvimento justo e sustentável, com a agenda de 2030. “A Assembleia Geral da ONU já considerava a educação como um pilar fundamental”, afirma.

Para Cataldi uns dos pontos a se ressaltar de todo o Pacto é a abordagem sistêmica. Segundo ela, essa abordagem é a chave que dá para o bom andamento da execução do Pacto Educativo “Vejamos que a abordagem não leva em conta todos os atores da sociedade, não somente um ou outro no processo educativo,” conclui.


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