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O caminho bíblico-litúrgico do Tempo da Quaresma

02/03/2020
Por  ANEC Comunicação

O Tempo da Quaresma

A Quaresma, na dinâmica da Iniciação Cristã, é o período através do qual, pela penitência e pelas diversas formas de provação, os catecúmenos são, sob a condução do Espírito Santo, preparados para receber os Sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia na solene Vigília Pascal.

Nesse Tempo, a liturgia proporciona, igualmente, aos batizados uma oportunidade de renovação e de reavivamento da fé, pelo qual o fiel, por Jesus Cristo, experimenta uma nova imersão no Mistério Pascal.

O Tempo da Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e termina na celebração da Missa in Coena Domini que, igualmente, marca o início do Tríduo Santo. Este culmina na solene Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.

Motivação inicial – Is 1,16-18

“Lavai-vos e purificai-vos.

Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal!

Aprendei a fazer o bem!

Procurai o que é correto e corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão e defendei a viúva.

Vinde e debatamos – diz o Senhor:

Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve; se forem vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã.”

Prefácio da Quaresma I

Como se preparar para a Páscoa

Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Vós concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram filhas e filhos vossos.

Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz.

Lc 18,9-14 (Como se preparar para a Páscoa)

9 Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “10 Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. 11 O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não  sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’. 13 O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!’ 14 Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.

Pontos para reflexão

  1. Tenho vida de oração?
  2. Pauto minhas orações na Palavra de Deus?
  3. Percebo a íntima relação que existe entre a oração e a prática do amor fraterno?

“Enquanto vivemos neste mundo, não podemos estar  sem trabalhos e tentações. Por isso lemos no livro de Jó (7,1): É um combate a vida do homem sobre a terra. Cada qual, pois, deve estar acautelado contra as tentações, mediante a vigilância e a oração, para não dar ocasião às ilusões do demônio, que nunca dorme, mas anda por toda parte em busca de quem possa devorar (1 Pd 5,8).” [Imitação de Cristo, Liv. 1º, Cap. 13,1]

Prefácio da Quaresma II

Tempo de graça e de libertação

Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Para renovar, na santidade, o coração dos vossos filhos e filhas, instituístes este tempo de graça e salvação. Libertando-nos do egoísmo e das outras paixões desordenadas, superamos o apego às coisas da terra.

E, enquanto esperamos a plenitude eterna, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz.

Mc 10,17-22 (Tempo de graça e de libertação)

17 Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18 Disse Jesus: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19 Conheces os mandamentos: não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu  pai e tua mãe!” 20 Ele então respondeu: “Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude”. 21 Jesus, fitando-o, com amor, lhe disse: “Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue- me”. 22 Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.

Pontos para reflexão

  1. Conheço e pratico os Mandamentos de Deus?
  2. Dou prioridade à Palavra de Deus na minha vida?
  3. Luto para vencer as paixões desordenadas?

“Abrir-te-ei o jardim delicioso das Sagradas Escrituras, para que, com o coração dilatado, comeces a correr pelo caminho dos meus mandamentos. E então dirás: Não têm proporção as penas desta vida com a futura glória que se nos há de revelar (Rm 8,18).” [Imitação de Cristo, Liv. 3º, Cap. 51,2]

Prefácio da Quaresma III

O sentido do jejum e da abstinência

Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e a abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com os necessitados.

Unidos à multidão dos anjos e dos santos nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz.

1 Grita sem parar com toda a força! Solta a voz como trombeta! Mostra a meu povo os seus crimes, os pecados da casa de Jacó. 2 Dia após dia eles parecem me procurar, seu desejo é conhecer os meus caminhos. Como se fosse gente que pratica a justiça, sem nunca abandonar a lei do seu Deus, eles vêm me pedir as normas da justiça, querem estar sempre junto de Deus. 3 “Por que foi que jejuamos e tu nem olhaste? Nós nos humilhamos totalmente e nem tomaste conhecimento”. Acontece que, mesmo no dia de jejum, só cuidais dos vossos interesses e continuais explorando  os trabalhadores. 4 Acontece que jejuais criando caso, brigando e esmurrando. Deixai de jejuar como até agora, para que vossa voz chegue ao Altíssimo. 5 Será este o jejum que eu prefiro, um dia em que a pessoa se humilha:  Curvar o pescoço como vara, ou deitar na cinza vestido de luto? É a isso que chamais de jejum, um dia agradável ao SENHOR?

6 Acaso o jejum que eu prefiro não será isto: soltar as cadeias injustas; desamarrar as cordas do jugo; deixar livres os oprimidos, acabar com toda espécie de imposição? 7 Não será repartir tua comida com quem tem fome? Hospedar na tua casa os pobres sem destino? Vestir uma roupa naquele que encontras nu e jamais tentar te esconder do pobre teu irmão? 8 Aí, então, qual novo amanhecer, vai brilhar a tua luz, e tuas feridas hão de sarar rapidamente. Teus atos de justiça irão à tua frente e a glória do SENHOR te seguirá. 9 E quando o invocares, o SENHOR te atenderá, e ao clamares, ele responderá: “Aqui estou!” Se, pois, tirares do teu meio toda espécie de opressão, o dedo que acusa e a conversa maligna, 10 se entregares ao faminto o que mais gostarias de comer, matando a fome de um humilhado, então a tua luz brilhará nas trevas, o teu escuro será igual ao meio-dia.

Pontos para reflexão

  1. Exercito o jejum e a abstinência como caminho de libertação do orgulho?
  2. Faço da Palavra de Deus meu alimento cotidiano?
  3. Reparto meu alimento com os necessitados?

“Muitos encontram Jesus e são agora apreciadores de seu reino celestial; mas poucos os que queiram levar a sua cruz. Têm muitos sequiosos de consolação, mas poucos da tribulação; muitos companheiros à sua mesa, mas poucos de sua abstinência. Todos querem gozar com ele, poucos sofrer por ele alguma coisa. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão.” [Imitação de Cristo, Liv. 2º, Cap. 11,1]

Prefácio da Quaresma IV

O valor da penitência

Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, pela penitência da Quaresma, Corrigis nossos vícios, Elevais nossos sentimentos, Fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa, por Cristo, Senhor nosso.

Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e os proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz.

Mt 18,15-20 (O valor da penitência)

15“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. 16 Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17 Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. 18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19 Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”

Pontos para reflexão

  1. Entendo e pratico a correção fraterna?
  2. Busco um autoconhecimento na Palavra de Deus?
  3. Compreendo que a penitência me livra dos vícios?

“Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que a morte o encontre. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade.” [Imitação de Cristo, Liv. 1º, Cap. 23,4]

Prefácio da Quaresma V

O caminho do êxodo

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação louvar-nos, Pai santo, rico em misericórdia, e bendizer vosso nome, enquanto caminhamos para a Páscoa, seguindo as pegadas de Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, Mestre e modelo da humanidade, reconciliada e pacificada no amor.

Vós reabris para a Igreja, durante esta Quaresma, a estrada do Êxodo, para que ela, aos pés da montanha  sagrada, humildemente tome consciência de sua vocação de povo da aliança. E, celebrando vossos louvores, escute vossa Palavra e experimente os vossos prodígios.

Por isso, olhando com alegria esses sinais de salvação, unidos aos anjos e aos santos, entoamos o vosso louvor, cantando (dizendo) a uma só voz.

Mt 16,21-28 (O caminho do êxodo)

21 A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito  da parte dos anciãos,  sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. 22 Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23 Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!” 24 Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 25 Pois quem quiser salvar sua vida a  perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. 26 De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? 27 Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28 Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.

Pontos para reflexão

  1. Tenho consciência de que seguir Jesus Cristo exige renúncias?
  2. Busco na Palavra de Deus o sentido para essas renúncias?
  3. Sei discernir a vontade de Deus na minha vida?

“Por que temes, pois, tomar a cruz, pela qual se caminha ao reino do céu? Na cruz está a salvação, na cruz a vida, na cruz o amparo contra os inimigos, na cruz a abundância da suavidade divina, na cruz a fortaleza do coração, na cruz o compêndio das virtudes, na cruz a perfeição da santidade. Não há salvação da alma nem esperança da vida, senão na cruz. Toma, pois, a tua cruz, segue a Jesus e entrarás na vida eterna.” [Imitação de Cristo, Liv. 2º, Cap. 12,2]

Prefácio do 1º Domingo da Quaresma

A Tentação do Senhor – Ano A, B e C

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Jejuando quarenta dias no deserto, Jesus consagrou a observância quaresmal. Desarmando as ciladas do antigo inimigo, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade. Celebrando agora o mistério pascal, nós nos preparamos para a Páscoa definitiva.

Enquanto esperamos a plenitude eterna, com os anjos e todos os santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz.

Mt 4,1-11 (A Tentação do Senhor)

1 Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. 2 Ele jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. 3 O tentador aproximou-se e disse- lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” 4 Ele respondeu: “Está escrito: ‘Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca  de Deus’”. 5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo 6 e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 7 Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não porás à prova o Senhor teu Deus’!” 8 O diabo o

levou ainda para uma montanha muito alta. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua riqueza, 9 e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar”. 10 Jesus lhe disse: “Vai embora, Satanás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto’”. 11 Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram para servi-lo.

Pontos para reflexão

  1. Vejo nas adversidades da vida uma ocasião de crescimento?
  2. Busco seguir  o exemplo  de  Jesus,             vencendo                 as  ciladas                    do inimigo pelo conhecimento da Palavra de Deus?
  3. Reconheço o que, em mim, tem sido fermento de maldade?

“Fica sabendo que o antigo inimigo de todos os modos se esforça por impedir-te os bons desejos e apartar-te de todos os exercícios devotos, nomeadamente da veneração dos santos, da devota memória de minha paixão, da salutar lembrança dos pecados, da vigilância sobre o próprio coração e do firme propósito de aproveitar na virtude. Sugere-te muitos maus pensamentos para te causar tédio e horror e arredar-te da oração e leitura espiritual. Desagrada-lhe muito a confissão humilde e, se pudesse, far-te-ia abandonar a comunhão.” [Imitação de Cristo, Liv. 3º, Cap. 6,3]

Prefácio do 2º Domingo da Quaresma

A Transfiguração do Senhor – Ano A, B, C

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Tendo predito aos discípulos a própria morte, Jesus lhes mostra,  na montanha sagrada, todo o seu esplendor. E, com o testemunho da lei e dos profetas, simbolizados em Moisés e Elias, nos ensina que, pela paixão e cruz, chegará à glória da ressurreição.

E, enquanto esperamos a realização plena de vossas promessas, com os anjos e com todos os santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz.

Mt 17,1-9 (A Transfiguração do Senhor)

1 Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha. 2 E foi transfigurado diante deles: seu rosto brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz. 3 Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4 Pedro, então, tomou a palavra e lhe disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. 5 Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o!” 6 Ouvindo isto, os discípulos caíram com o rosto em terra e ficaram muito assustados. 7 Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo”. 8 Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser Jesus. 9 Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes: “Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.

Pontos para reflexão

  1. Creio e confesso que Jesus é Filho de Deus?
  2. Estou atento à revelação contida na Palavra de Deus?
  3. Percebo e creio que sem paixão e cruz não há ressurreição?

“Deus não te engana; mas se engana quem demasiadamente confia em si mesmo. Deus anda com os simples, revela-se aos humildes, dá inteligência aos pequenos, abre o sentido às almas puras e esconde sua graça  aos curiosos e soberbos. A razão humana é fraca e pode enganar-se, mas a fé verdadeira não se pode enganar.” [Imitação de Cristo, Liv. 4º, Cap. 18,4]

Prefácio do 3º Domingo da Quaresma

A Samaritana – Ano A

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Ao pedir à Samaritana que lhe desse de beber, Jesus lhe dava o dom de crer. E, saciada sua sede de fé, lhe acrescentou o fogo do amor.

Por essa razão, vos servem todas as criaturas, com justiça vos louvam os redimidos e, unânimes, vos bendizem os vossos santos. Concedei- nos também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz.

1 Jesus soube que os fariseus ouviram dizer que ele reunia mais discípulos e batizava mais do que João 2 – se bem que Jesus mesmo não batizasse, mas os seus discípulos. 3 Por isso, saiu da Judéia e voltou para a Galileia. 4 Era preciso que ele passasse pela Samaria. 5 Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da propriedade que Jacó tinha dado a seu filho José. 6 Havia ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio-dia. 7 Veio uma mulher da Samaria buscar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber!” 8 Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar algo para comer. 9 A samaritana disse a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se relacionam com os samaritanos.

10 Jesus respondeu: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. 11 A mulher disse: “Senhor, não tens sequer um balde, e o poço é fundo; de onde tens essa água viva? 12 Serás maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual bebeu ele mesmo, como também seus filhos e seus animais?” 13 Jesus respondeu: “Todo o que beber desta água, terá sede de novo; 14 mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”. 15 A mulher disse então a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água”.

16 Ele lhe disse: “Vai chamar teu marido e volta aqui!” 17 – “Eu não tenho marido”, respondeu a mulher. Ao que Jesus retrucou: “Disseste bem que  não tens marido. 18 De fato, tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste a verdade”. 19 A mulher lhe disse: “Senhor, vejo que és um profeta! 20 Os nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis que em Jerusalém está o lugar em que se deve adorar”. 21 Jesus lhe respondeu: “Mulher, acredita-me: vem  a hora em que nem nesta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. 23 Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura. 24 Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. 25 A mulher disse-lhe: “Eu sei que virá o Messias (isto é, o Cristo); quando ele vier, nos fará conhecer todas as coisas”. 26 Jesus lhe disse: “Sou eu, que estou falando contigo”.

27 Nisto chegaram os discípulos e ficaram admirados ao ver Jesus conversando com uma mulher. Mas ninguém perguntou:  “Que procuras?”, nem: “Por que conversas com ela?”. 28 A mulher deixou a sua bilha e foi à cidade, dizendo às pessoas: 29 “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será ele o Cristo?” 30 Saíram da cidade ao encontro de Jesus. 31 Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus: “Rabi, come!” 32 Mas ele lhes disse: “Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis”. 33 Os discípulos comentavam entre si: “Será que alguém lhe trouxe alguma coisa para comer?” 34 Jesus lhes disse: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e levar a termo a sua obra. 35 Não dizeis vós: ‘Ainda quatro meses, e aí vem a colheita!’? Pois eu vos digo: levantai os olhos e vede os campos, como estão dourados, prontos para a colheita!

36 Aquele que colhe já recebe o salário; ele ajunta fruto para a vida eterna. Assim, o que semeia se alegra junto com o que colhe. 37 Pois nisto está certo o provérbio ‘Um é o que semeia e outro é o que colhe’: 38 eu vos enviei para colher o que não é fruto do vosso cansaço; outros se cansaram e vós entrastes no que lhes custou tanto cansaço”. 39 Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher que testemunhava: “Ele me disse tudo o que eu fiz”. 40 Os samaritanos foram a ele e pediram que permanecesse com eles; e ele permaneceu lá dois dias. 41 Muitos outros ainda creram por causa da palavra dele, 42 e até disseram à mulher: “Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

  1. Tenho acolhido os encontros com Jesus na minha vida?
  2. Cultivo a esperança proposta pela Palavra de Deus?
  3. A exemplo da samaritana, tenho sede de Deus?

“Eu sou o caminho que deves seguir, a verdade que deves crer, a vida que deves esperar. Eu sou o caminho seguro, a verdade infalível, a vida interminável. Eu sou o caminho direito, a verdade suprema, a vida verdadeira, a vida ditosa, a vida incriada. Se perseverares no meu caminho, conhecerás a verdade, e a verdade te livrará (Jo 8,32), e alcançarás a vida eterna.” [Imitação de Cristo, Liv. 3º, Cap. 56,1]

Prefácio do 4º Domingo da Quaresma

O cego de nascença – Ano A

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Pelo mistério  da encarnação, Jesus conduziu à luz da fé a humanidade que caminhava nas trevas. E elevou à dignidade de filhos e filhas os escravos do pecado, fazendo-os renascer das águas do batismo.

Por essa razão, com os anjos e com todos os santos, entoamos um cântico novo, para proclamar vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz.

1 Jesus ia passando, quando viu um cego de nascença. 2 Os seus discípulos lhe perguntaram: “Rabi, quem pecou para que ele nascesse cego, ele ou seus pais?” 3 Jesus respondeu: “Nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 É preciso que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, quando ninguém poderá trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. 6 Dito isso, cuspiu no chão, fez barro com a saliva e aplicou-a nos olhos do cego. 7 Disse-lhe então: “Vai lavar- te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou- se e voltou enxergando.

8 Os vizinhos e os que sempre viam o cego pedindo esmola diziam: “Não é ele que ficava sentado pedindo esmola?” 9 Uns diziam: “Sim, é ele”. Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo”. 10 Então lhe perguntaram: “Como é que se abriram os teus olhos?” 11 Ele respondeu: “O homem chamado Jesus fez barro, aplicou nos meus olhos e disse-me: ‘Vai a Siloé e lava- te’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver”. 12 Perguntaram-lhe ainda: “Onde ele está?” Ele respondeu: “Não sei”. 13 Então levaram aos fariseus aquele que tinha sido cego. 14 Ora, foi num dia de sábado que Jesus tinha feito barro e aberto os olhos do cego. 15 Por sua vez, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Respondeu- lhes: “Ele aplicou barro nos meus olhos, e eu fui lavar-me e agora vejo!”

16 Alguns dos fariseus disseram então: “Esse homem não vem de Deus, pois não observa o sábado”; outros, no entanto, diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?” E havia divisão entre eles. 17 Voltaram a interrogar o homem que antes era cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Ele respondeu: “É um profeta”. 18 Os judeus não acreditaram que ele tivesse sido cego e que tivesse começado a ver, até que chamassem os pais dele. 19 Perguntaram-lhes: “Este é o vosso filho que dizeis ter nascido cego? Como é que ele está enxergando agora? 20 Os seus pais responderam: “Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego. 21 Como está enxergando, não sabemos. E quem lhe abriu os olhos, também não sabemos. Perguntai a ele; é maior de idade e pode falar sobre si mesmo”. 22 Seus pais disseram  isso porque tinham medo dos judeus, pois estes já tinham combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus era o Cristo. 23 Foi por isso que os pais disseram: “Ele é maior de idade, perguntai a ele”.

23 Foi por isso que os pais disseram: “Ele é maior de idade,

perguntai a ele”. 24 Os judeus, outra vez, chamaram o que tinha sido cego e disseram-lhe: “Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é um pecador”. 25 Ele respondeu: “Se é pecador, não sei. Só sei que eu era cego e agora vejo”. 26 Eles perguntaram: “Que é que ele te fez? Como foi que ele te abriu os olhos?” 27 Ele respondeu: “Já vos disse e não me escutastes. Por que quereis ouvir de novo? Acaso quereis tornar-vos discípulos dele?” 28 Os fariseus, então, começaram a insultá-lo, dizendo: “Tu, sim, és discípulo dele. Nós somos discípulos de Moisés. 29 Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas esse, não sabemos de onde é”.

30 O homem respondeu-lhes: “Isto é de admirar! Vós não sabeis de onde ele é? No entanto, ele abriu-me os olhos! 31 Sabemos que Deus não ouve os pecadores, mas se alguém é piedoso e faz a sua vontade, a este ele ouve. 32 Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. 33 Se esse homem não fosse de Deus, não conseguiria fazer nada”. 34 Eles responderam-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e nos queres dar lição?” E o expulsaram. 35Jesus ficou sabendo que o tinham expulsado. Quando o encontrou, perguntou-lhe: “Tu crês no Filho do Homem?” 36 Ele respondeu: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37 Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. 38 Ele exclamou: “Eu creio, Senhor!” E ajoelhou-se diante de Jesus. 39 Então, Jesus disse: “Eu vim a este mundo para um julgamento, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos”. 40 Alguns fariseus que estavam com ele ouviram isso e lhe disseram: “Porventura também nós somos cegos?” 41 Jesus respondeu- lhes: “Se fôsseis cegos não teríeis culpa; mas como dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece”.

  1. Tenho seguido Jesus como luz da vida?
  2. Deixo a Palavra de Deus iluminar meus passos e decisões?
  3. Reconheço que a luz da fé me livra da escravidão do pecado?

“Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo.” [Imitação de Cristo, Liv. 1º, Cap. 1,1]

Prefácio do 5º Domingo da Quaresma

Ressurreição de Lázaro – Ano A

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.

Verdadeiro homem, Jesus chorou o amigo Lázaro. Deus vivo e eterno, ele o ressuscitou, tirando-o do túmulo. Compadecendo-se da humanidade, que jaz na morte do pecado, por seus sagrados mistérios ele nos eleva ao Reino da vida nova.

Enquanto esperamos a glória eterna, com os anjos e todos os santos nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz.

1 Ora, havia um doente, Lázaro, de Betânia, do povoado de Marta e de Maria, sua irmã. (2 Maria é aquela que ungiu o Senhor com perfume e enxugou seus pés com os cabelos. Lázaro, seu irmão, é quem estava doente.) 3 As irmãs mandaram avisar Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”. 4 Ouvindo isso, disse Jesus: “Esta doença não leva à morte, mas é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. 5 Jesus tinha muito amor a Marta, a sua irmã Maria e a Lázaro. 6 Depois que ele soube que este estava doente, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava. 7 Depois, falou aos discípulos: “Vamos, de novo, à Judéia”. 8 Os discípulos disseram-lhe: “Rabi, ainda há pouco os judeus queriam apedrejar- te, e agora vais outra vez para lá?” 9 Jesus respondeu: “O dia não tem doze horas? Se alguém caminha de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 10 Mas, se caminha de noite, tropeça, porque lhe falta a luz”.

11 E acrescentou ainda: “Nosso amigo Lázaro está dormindo. Mas, eu vou acordá-lo”. 12 Os discípulos disseram: “Senhor, se está dormindo, vai ficar curado”. 13 Jesus falava da morte de Lázaro, mas os discípulos pensaram que ele estivesse falando do sono mesmo. 14 Jesus então falou abertamente: “Lázaro morreu! 15 E, por causa de vós, eu me alegro por não ter estado lá, pois assim podereis crer. Mas vamos a ele”. 16 Tomé (cujo nome significa Gêmeo) disse aos companheiros: “Vamos nós também, para morrermos com ele!” 17 Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. 18 Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém. 19 Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão.

20 Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. 21 Marta, então, disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22 Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. 23 Jesus respondeu: “Teu irmão ressuscitará”. 24 Marta disse: “Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia”. 25 Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” 27 Ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de  Deus, aquele que deve vir ao mundo”. 28 Tendo dito isso, ela foi chamar Maria,  sua irmã, dizendo baixinho: “O Mestre está aí e te chama”. 29 Quando Maria ouviu isso, levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus. 30 Jesus ainda estava fora do povoado, no mesmo lugar onde Marta o tinha encontrado.

31 Os judeus que estavam com Maria na casa consolando-a, viram que ela se levantou depressa e saiu; e foram atrás dela, pensando que fosse ao túmulo para chorar. 32 Maria foi para o lugar onde estava Jesus. Quando o viu, caiu de joelhos diante dele e disse-lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. 33 Quando Jesus a viu chorar, e os que estavam com ela, comoveu-se interiormente e perturbou-se. 34 Ele perguntou: “Onde o pusestes?” Responderam: “Vem ver, Senhor!” 35 Jesus teve lágrimas. 36 Os judeus então disseram: “Vede como ele o amava!” 37 Alguns deles, porém, diziam: “Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?”

38 De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra. 39 Jesus disse: “Tirai a pedra!” Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, já cheira mal, é o quarto dia”. 40 Jesus respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” 41 Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o alto, disse: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste! 42 Eu sei que sempre me ouves, mas digo isto por causa da multidão em torno de mim, para que creia que tu me enviaste”. 43 Dito isso, exclamou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” 44 O que estivera morto saiu, com as mãos e os pés amarrados com faixas e um pano em volta do rosto. Jesus, então, disse-lhes: “Desamarrai- o e deixai-o ir!” 45 Muitos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.

  1. Acredito na Ressurreição de Jesus?
  2. Encontro na Palavra de Deus a fonte da nova vida?
  3. Deixo Jesus me libertar da prisão do pecado e da morte?

“Bendigo-vos, Pai celestial, Pai de meu Senhor Jesus Cristo, por vos terdes dignado lembrar-vos de mim, pobre criatura. Ó Pai de misericórdia e Deus de toda consolação! (2Cor 1,3), graças vos dou porque, apesar de minha indignidade, me recriais às vezes com vossa consolação. Sede para sempre bendito e glorificado, com vosso Filho unigênito e o Espírito Santo consolador, por todos os séculos.” [Imitação de Cristo, Liv. 3º, Cap. 1,1]

 

Um itinerário que faz passar da morte à vida

O Tempo da Quaresma é um caminho espiritual que sintetiza um longo percurso ascético e sacramental, pelo qual passou e deve continuar passando a comunidade cristã que, por natureza, é missionária e, portanto, é chamada  a dar o seu testemunho coerente de vida em Jesus cristo por palavras e ações. E este caminho serve para “ensinar-nos como obter  a vitória” (Santo Agostinho. Comentário ao Salmo 60,3).

É um caminho ascético, porque, no Espírito Santo, permite ascender da vida no pecado à vida na graça. Por isso, é um caminho de renúncias e de lutas, principalmente, interiores, pois é no próprio íntimo que o ser humano encontra a raiz da sua desobediência a Deus e a sua falta de amor por si, pelo seu próximo e pela criação que geme, sofre e aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8,19).

É um caminho sacramental, porque a comunidade de fé e cada fiel encontra nela à sua disposição a oportunidade de um renovado e vivo encontro com Jesus Cristo, pelo qual experimenta, na unção do Espírito Santo, a passagem da morte à vida, da escravidão do pecado à liberdade de filhos e filhas de Deus (Rm 8,21), para a glória de Deus Pai.

 

Sacrosanctum Concilium, n. 109

  1. Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Batismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal. Por isso:
  2. utilizem-se com mais abundância os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal e retomem-se, se parecer oportuno, elementos da antiga tradição;
  3. o mesmo se diga dos elementos

Quanto à catequese, inculque-se nos espíritos, de par com as consequências sociais do pecado, a natureza própria da penitência, que é desligar-se do pecado por ser ofensa de Deus; nem se deve esquecer a parte da Igreja na prática penitencial, nem deixar de recomendar a oração pelos pecadores.

 

Referências bibliográficas

Bíblia Sagrada – Edição CNBB https://blog.cancaonova.com/metanoia/biblia-sagrada-edicao-cnbb/ Vaticano II. Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium (4/12/1963)

http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/v at-ii_const_19631204_sacrosanctum-concilium_po.html

Prefácios do Tempo Quaresmal, feriais e dominicais do Missal Romano http://missalromano-sanctase.blogspot.com/p/blog-page_23.html Imitação de Cristo

http://www.culturabrasil.org/zip/imitacao.pdf Imagem

https://www.google.com/search?q=tempo+da+quaresma&source=lnms&tbm

=isch&sa=X&ved=2ahUKEwig–6TzffnAhU9GrkGHRt6A4YQ_AUoAXoECBcQAw &biw=1366&bih=657#imgrc=F7diD0wApjiegM

 

Autor: Pe. Leonardo Agostini Fernandes
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Reflexões bíblicas (áudios)
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