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Fórum Nacional dos Gestores das Mantenedoras da ANEC debate gestão da permanência

20/04/2023
Por  ANEC Comunicação

No dia 14 de abril, um evento exclusivo para os gestores das mantenedoras associadas à ANEC foi realizado de forma on-line. O Fórum Nacional dos Gestores das Mantenedoras, grupo formado por experts indicados pelos gestores das mantenedoras com vistas a analisar, discutir e consolidar dados relacionados à gestão das instituições, aconteceu pela primeira vez em 2023 e recebeu o especialista Luiz César Córdoba no Painel Gestão da Permanência. 

Taxas altas de evasão estão entre os principais desafios para gestores de instituições de ensino. Por isso, definir estratégias para fazer a gestão da permanência de alunos é uma ação valiosa que precisa ser constantemente revisitada. Para debater o assunto e refletir acerca de métodos que podem auxiliar na preservação dos discentes nas escolas e universidades, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) trouxe o tema para ser discutido entre os gestores pelo especialista Luiz César Córdoba.

Luiz explica que existem três atores relevantes no contexto da permanência: o estudante, os docentes e o corpo administrativo, agregando a responsabilidade dos gestores nesse processo. Nesse sentido, ele defende que a gestão de permanência perpassa a sustentabilidade financeira da instituição. “Mesmo que o aspecto econômico não deva representar a principal motivação para para aplicação dessas estratégias, é um fator que deve ser considerado. Até porque, mais do que apresentar resultados financeiros, somos responsáveis pela perenidade e continuidade das nossas instituições. Devemos analisar a evasão para além dos efeitos financeiros para a instituição, significa o insucesso da atuação das instituições”, comenta.

Tecnologia como aliada 

O especialista ressalta, também, que alunos que apontam para uma tendência de evasão  deixam rastros e o uso da tecnologia, para prever tendências para o setor, é uma estratégia cada vez mais comum. Mais do que benefícios para as instituições, o uso de dados e modelos analíticos identificam tendências e padrões de comportamento e possibilitam uma visão mais precisa dos alunos. Isso, por sua vez, permite o desenvolvimento de estratégias e experiências de ensino mais eficazes e satisfatórias. “Precisamos estar atentos a esses indícios e o monitoramento necessita ser constante. É recomendável criar sinais de alerta para  indicadores de possível abandono e ferramentas tecnológicas podem nos ajudar com isso”, acredita. Ele explica que a maioria dos modelos identificados reforçam o uso da análise do que já aconteceu: “com atenção àqueles estudantes que permanecem na instituição, é possível aplicar pesquisas para buscar similaridades nos comportamentos que indiquem potencial evasor”, afirma Luiz, referindo-se à trajetória do aluno e aos possíveis sinais que são dados antes que a evasão aconteça. 

Dentre os possíveis percursos cabe destacar: notas baixas, não realizar e/ou falta de engajamento com atividades, inassiduidade, problemas de relacionamento e inadimplência.  Dessa forma, para ele, trabalhar com foco na gestão da permanência de alunos significa minimizar os motivos que fazem alguém querer deixar a instituição. “Assim, envolve uma série de esforços relacionados à experiência do aluno e entender como gerar valor de forma contínua a ele. É importante tentar conhecer quais fatores contribuem para o abandono do estudante e entender como a tecnologia da informação pode nos ajudar de maneira preditiva – identificando antes para que tenhamos insumos para trabalhar preventivamente”, explica.   

Dados

Considerando o ensino superior nas instituições privadas, as pesquisas desenvolvidas com a contribuição do Luiz apontam como resultados iniciais que os cursos noturnos tendem a apresentar maior desistência, na mesma medida em que é no início da formação que a evasão se torna mais evidente. “Cerca de 70% dos casos de abandono ocorrem nos primeiros 30% de duração”. Já acerca de um aspecto social, Luiz aponta os alunos bolsistas e que tenham origem em escolas públicas estão entre os principais desistentes: “um dos fatores principais para este dado, é a renda do aluno, que envolve aspectos além da mensalidade, como alimentação, transporte e materiais didáticos – mas não o único motivo”. Por outro lado, o desempenho acadêmico também interfere. “A média de todos os estudantes chega a alcançar mais de 7 pontos e entre os que evadiram fica em pouco mais 3 pontos. Assim, um rendimento baixo e a possibilidade de reprovação podem ser determinantes”, alerta. 

Fórum Nacional de Gestores das Mantenedoras

No fórum, conduzido pela presidente e pela gerente da Câmara de Mantenedoras, Ir. Marli Araújo e Fabiana Deflon, respectivamente, são tratados temas relacionados à governança, a compliance, ao marketing, à gestão financeira e à gestão da permanência. Participam desse fórum os gestores (Administrativo-financeiro, Marketing, Inovação e Inteligência) das mantenedoras indicados pelos presidentes das instituições associadas. 

 

 


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