Na tarde de 8/8, dando continuidade à Reunião Extraordinária realizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), a pauta contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, que destacou os temas prioritários da educação nacional aos presentes. A mesa foi composta pelo presidente do CNE e seus conselheiros, por representantes das Secretarias de Educação do Ministério de Educação e por entidades representativas educacionais. Representando a ANEC, estiveram presentes o secretário-executivo, Guinartt Diniz, e a gerente da Câmara de Educação Básica, Roberta Guedes. 

Ao iniciar a reunião, após abertura feita por Luiz Roberto Curi, presidente do CNE, o ministro fez uma retrospectiva das pautas conquistadas desde o início de seu mandato até então. “Nós construímos importantes políticas. A primeira é o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, elaborada com os secretários estaduais de educação, ouvindo experiências de diversos estados que, hoje, já implantaram esse compromisso”. Camilo destacou que essa política também contempla o eixo da formação de professores, reforçando que o MEC está com um grupo de trabalho acerca do tema, e abordou a Política de Escola em Tempo Integral, implementada nos últimos dias e que, de acordo com o ministro, é um programa robusto, aprovado por lei, que garante a complementação da carga horária nas escolas públicas. 

Na ocasião, Santana divulgou que, neste Dia do Estudante, 11/8, será lançado, pelo Governo Federal, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, como parte dele, estará o PAC da Educação, voltado para a educação básica e superior. “O PAC trará ações que temos procurado construir no olhar da formação dos professores, na qualidade de ensino para os jovens, além de cumprir metas do PNE voltadas para creches, para a educação de tempo integral e para a educação superior”, completa.

De acordo com o ministro, esse esforço tem que unir todos que dão oportunidade aos jovens para fortalecer, principalmente, o Ensino Médio, citando a consulta realizada pelo MEC com dezenas de entidades, por meio de escuta, dos documentos elaborados pelas instituições, assim como por audiências públicas.

Para complementar a fala do ministro e agradecer a presença no CNE, houve a manifestação dos conselheiros e das entidades representativas. Para o Ir. Paulo Fossatti, conselheiro do CNE e também conselheiro da ANEC, é muito importante que haja essa proximidade entre os órgãos. “Nós sentimos muito essa proximidade com sua equipe para dialogar e construir conosco. É importante também nos darmos conta dessa riqueza que é o modelo brasileiro. Temos imensos desafios, mas o modelo brasileiro é fantástico. Todos nós estamos dando o nosso melhor para o país. Conte conosco, pois nós queremos consolidar nossa democracia!”, reforçou Ir. Paulo.

A reunião, que contou pela primeira vez com a presença do ministro, também desencadeou a proposta de uma agenda periódica de diálogo entre o MEC e o CNE, provocada pelos próprios conselheiros. Camilo Santana apoiou a proposta e sugeriu que o primeiro tema a ser trabalhado em conjunto seja formação de professores. “Precisamos dar um salto, o Brasil precisa acelerar. Vamos fazer uma agenda com temas definidos para que possamos trazer as sugestões, o que o MEC está pensando, ouvir os grupos de trabalho que temos no MEC para corrigir a falta de formação que deixamos de dar para nossa juventude. Precisamos garantir a qualidade de educação básica às nossas crianças. Não podemos perder nenhuma criança e nenhum jovem da escola.”, reforça o ministro, que encerrou o encontro afirmando: “temos um objetivo em comum: garantir a qualidade de educação do nosso país!”. 

Em diálogo com o ministro, a ANEC se colocou à disposição para contribuir com documentos e estudos técnicos realizados sobre a formação de professores e para participar da agenda periódica entre o CNE e o MEC.