A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) consolidou uma terminologia pedagógica para tratar sobre projeto de vida que vem sendo adotada por todas as escolas. No entanto, sabe-se que as escolas católicas há muito tempo já trabalham o projeto de vida na ótica de sua identidade confessional como discernimento vocacional. Nesse contexto, a nova linguagem sobre projeto de vida precisa de um investimento vocacional nas instituições de ensino, afinal, no aspecto cristão, toda pessoa deve abraçar seu caminho com consciência e propósito visando não só seu bem próprio, mas o bem de toda a humanidade. 

Por esse motivo, o Workshop PastoLAB com o tema Como transformar o projeto de vida em projeto vocacional, realizado pela ANEC no dia 7 de agosto, teve o objetivo de entrelaçar essas duas abordagens, apontando sugestões práticas para as escolas católicas trabalharem a cultura vocacional. De forma on-line e mediado pelo filósofo, mestre e doutor em Educação, Carlos Eduardo Cardozo, o encontro reuniu coordenadores e agentes de Pastoral, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, psicólogos escolares e professores que atuam com Projeto de Vida em suas instituições. 

O momento foi iniciado com a oração das vocações, conduzida pelo coordenador de Pastoral da ANEC, Gregory Rial, fazendo referência ao mês de agosto, mês vocacional, junto com Frei Mário José Knapik, diretor 2º secretário da ANEC, abordando as diferentes formas de viver as vocações. “Agradecemos por todas as vocações, por todos os chamados recebidos de Deus e por todas essas vocações colocadas a serviço da vida, da sociedade, da Igreja e do bem.” 

Em sua abordagem, Carlos Eduardo proporcionou dinâmicas e reflexões sobre o tema, conectando projeto de vida com projeto vocacional, buscando refletir sobre como essas realidades se entrelaçam no dia a dia educacional, além de destacar as dimensões do Projeto de Vida, os aspectos pedagógicos e elementos trabalhados nos anos vocacionais. Em grupos, os participantes se reuniram e compartilharam as práticas vivenciadas nas instituições de ensino.

Ao final do encontro, reflexões foram levantadas sobre como falar de vocação com todos os alunos, considerando os que creem e os que não creem em Deus; como falar de vocações religiosas quando algumas delas podem não aparentar ser tão atrativas; como ler as novas realidades do mundo do trabalho sob a ótica vocacional, entre outros temas.