Nesta quinta-feira, 25 de novembro, o Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados realizou audiência pública para apresentar cases bem sucedidos nos estados quanto ao uso de ferramentas digitais de informação e comunicação na educação. O evento faz parte do estudo “Tecnologias na educação” que tem como foco identificar os pilares de uma política nacional de tecnologia a partir da elaboração dos fundamentos formativos da transformação digital na educação.
O encontro foi presidido pela deputada Angela Amin (PP-SC), autora do Projeto de Lei 4513/20, que institui a Política Nacional de Educação Digital, que está sendo debatido no plenário. Representantes de secretarias de educação de diversos estados apresentaram projetos de inovação desenvolvidos em suas regiões.
A importância da cultura digital dentro das escolas foi lembrada por todos os palestrantes. Em várias apresentações, foi destacado o papel fundamental da tecnologia para manter as aulas de forma remota durante a pandemia do novo coronavírus. A inclusão e aproximação dos pais no processo de aulas online e a realização de capacitação dos professores para habilitá-los ao uso de todas as ferramentas digitais disponíveis para suas aulas, também foram pontos em comum nas explanações.
Em sua palestra Rosalina Lobo, secretária executiva adjunta de Gestão Tecnológica da Secretaria de Educação do Amazonas destacou que o estado possui há 14 anos um Centro de Mídias em função da realidade amazônica em que o ensino presencial é mediado por tecnologia com a presença de professores generalistas nas salas de aulas remotas com conteúdos para os Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio.
Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Educação do Amazonas, apoiada pela ferramenta já existente e pelo acervo de currículo produzido, criou o programa Aula em Casa. Até então não havia experiência que utilizasse esse tipo de plataforma de aulas remotas para a Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Com dados que revelam que 98% da população do estado possui acesso à TV aberta, a Secretaria optou por disponibilizar o conteúdo neste tipo de veículo para evitar a aglomeração de estudantes nos Centros de Mídias. Todo o suporte foi concedido aos estudantes: os conteúdos foram adaptados para a linguagem de libras, professores deram suporte aos pais em grupos de whatsapp, também houve a criação de um aplicativo com todo o conteúdo das aulas disponível.
Viviane Holanda Carvalhedo, diretora de Mediação Tecnológica da Secretaria de Educação do Piauí, contou que o estado seguiu o modelo do Amazonas. Em 2012, estruturou 300 salas com estúdio de transmissão de aulas de professores especialistas. A demanda surgiu pela grande extensão de região rural dentro do território estadual. Após quatro anos, o modelo foi ampliado para 900 salas de aulas. Com a chegada da pandemia, a expertise de ensino foi adaptada para vídeos no Youtube que chegassem aos estudantes que estavam em casa. Um Comitê de Gerenciamento de Crise foi montado e a partir do trabalho desse núcleo foi produzido um documento para estruturar estratégias e diretrizes pedagógicas para que as escolas tivessem suporte.
Também participaram da audiência pública a assessora especial de Tecnologia Educacional da Secretaria de Educação do Espírito Santo, Carmen Lúcia Prata, a gerente de Educação do SESI do Rio Grande do Sul, Sônia Elizabeth e a dirigente municipal de Educação de Estrela (RS), Elisangela Mendes. Ao fim das apresentações, a deputada Angela Amin frisou a importância da troca de experiências e de ter uma rede de compartilhamento de conhecimentos sobre o uso dos instrumentos digitais para que os estados e municípios possam aperfeiçoar seus trabalhos. “A partir do momento em que é instalado um processo de avaliação com o uso de indicadores, é possível avaliar a preparação dos profissionais da educação, os processos educacionais e assim melhorar a formação dos alunos” afirmou.
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