Domingo do trigo e do joio – 16º do Tempo Comum – 2020
Roteiro: Penha Carpanedo, da Congregação Discípulas do Divino Mestre (Apostolado litúrgico), membro da Rede Celebra de animação litúrgica.
Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
1. ABERTURA Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
– Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)
– Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
A criação inteira, o Senhor remiu. (bis)
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)
– Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
Povo de sacerdotes, a Deus louvação. (bis)
2. Recordação da vida Quem preside introduz o sentido da celebração:
Acolhemos em nossa vida este dia de domingo, recordando Jesus, na firme certeza de que o reino já está presente entre nós, mesmo nestes tempos difíceis em que vivemos. No meio de tanta morte, há sinais de vida, de solidariedade, de cuidado que manifestam a presença de Deus. As pessoas são convidadas a conversar trazendo estes sinais de vida nos gestos de tanta gente que se coloca do lado do povo.
3. SALMO 86
1.Senhor, me escuta e responde:
sou fraco e necessitado;
Me salva, sou teu amigo,
teu servo em ti confiado.
2.Tu és meu Deus, tem piedade,
o dia todo te invoco,
Alegra meu coração,
pra ti, Senhor, eu me volto.
3.Tu és perdão e bondade,
acolhes aos que te imploram;
Atende agora esta prece,
No meu sofrer me consola.
4. Na angústia chamo por ti,
Pois tu respondes, Senhor.
Que deus faria o que fazes?
Ninguém te iguala em amor.
5. Os povos todos virão
Louvar a tua majestade;
Tu fazes grandes prodígios,
Só tu és Deus de verdade.
6. Me ensina o caminho certo,
Pra andar em tua verdade;
Reúne meu coração,
Que siga tua vontade.
7. De coração agradeço:
Tão grande amor tens por mim,
Tiraste-me do abismo,
Assim te louvo, sem fim.
8. Furiosos se levantaram,
Querendo me derrubar;
Contigo não se incomodam,
Altivos querem matar.
9. Mas tu, Senhor de ternura,
Paciente, cheio de amor,
De mim tem pena, ó Deus,
Atento a teu servidor.
10. Me dá tua força, Senhor,
Teu servo vem libertar;
E aqueles que me odeiam
Calados hão de ficar.
11. Ao Pai do céu demos glória
E a Jesus Cristo também;
A quem dos dois é o Amor,
Se louve pra sempre. Amém!
– Oração silenciosa
4. ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, pastor do teu povo e mãe da vida,
sê generoso com teus filhos e filhas!
Enche-nos da tua ternura
para que, cheios de fé, esperança e amor,
guardemos fielmente os teus mandamentos.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
5. REFRÃO – para preparar a escuta da Palavra
Mandai o vosso Espírito Santo,
o paráclito aos nossos corações
e fazei-nos conhecer as Escrituras,
as Escrituras que foram por ele inspiradas.
6. LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 13,24-43 Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 24Jesus contou outra parábola à multidão: ‘O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio? O dono respondeu: Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram:
`Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: Não! pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
Palavra da Salvação.
7. MEDITAÇÃO – Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
A parábola do trigo e do joio revela muito da
nossa vida, da família onde nascemos, da Igreja a
que pertencemos, do mundo que nos rodeia. Em
cada grupo humano e em toda comunidade cristã
coexistem fortes e frágeis, pessoas generosas e
pessoas mesquinhas… Às vezes, somos levados por
sentimentos semelhantes aos dos empregados da
parábola do trigo e do joio: queremos acabar logo
com a erva daninha.
Mas o dono do plantio tem um olhar diferente.
Ele dá tempo e age com paciência. Nisto consiste a
grandeza de Deus. Ele deixa o mal crescer
juntamente com o bem e permite que o ímpio
prospere com o justo. Jesus não elimina o joio, não
corta a figueira infrutífera (cf. Lc 13,8-9), não
expulsa Judas do grupo dos doze, não exclui Pedro
depois da negação. Segui por este caminho amando
até o fim, até à cruz.
Imitar a paciência de Deus é exercitar a
confiança para com o ser humano para não excluir
e não julgar precipitadamente. Além disso, desenvolver
em nós a capacidade de viver com o negativo é impor
limites à nossa própria força, à tendência de sempre
olhar o outro como problema. Além disso, é importante
reconhecer que somos uma mistura de trigo e de joio,
que nem sempre conseguimos fazer o bem que
desejamos.
Contudo, aceitar que o joio cresça com o trigo,
não significa reduzir-nos a ele, nem deixar que ele
determine a nossa conduta. Pensemos na situação
do Brasil. Não cabe a nós acabar com os injustos que
escancaradamente fazem o mal, sobretudo aos
pobres do povo. Mas não podemos aceitar a política
genocida que se impõe sobre nós. Não vamos
arrancar o joio, mas vamos cuidar do trigo. A
primeira coisa que podemos e devemos fazer é não
dar razão, ou não ficar do lado de quem usa o poder
para matar e para desmatar. Ficando do lado dos
pobres, podemos encontrar caminhos de
solidariedade e de luta para construir a sabedoria do
bem-Viver.
8. PRECES
Oremos a Jesus Cristo que intercede por nós junto do Pai e cantemos:
Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Pelas comunidades cristãs, que jamais compactuem com os poderes que mentem e matam, e que estejam dispostas a resistir junto às periferias geográficas e existenciais. Rezemos.
– Pelos cientistas e pesquisadores, para que o seu trabalho reverta em benefício de todas as pessoas. Rezemos.
Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Pelos que têm responsabilidade na vida pública, para que trabalhem com integridade e com justiça. Rezemos.
Ó Senhor, escuta a nossa prece. – Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
9. PAI NOSSO
– Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do
seu Espírito que ora em nós, rezemos com
confiança: Pai nosso…
Oração
Ó Deus, como o trigo que germinou e cresceu apesar
do joio, faze que também o teu povo, em meio a tantos perigos de morte,
saiba escolher e lutar a favor do bem, como fez Jesus, que venceu o mal com um amor que foi fiel até à cruz. Por ele nós te pedimos, na unidade do Espírito Santo. Amém.
10. BÊNÇÃO
Que o Deus da paz nos livre de toda adversidade,
firme os nossos passos no bem que podemos e
nos abençoe o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
BÊNÇÃO À MESA
Senhor, nós te agradecemos por esta mesa que nos
reúne e por estes alimentos, dons que recebemos de
tua bondade e fruto do trabalho duro de tantas
mãos. Esta nossa mesa recorda as muitas refeições
de Jesus com os seus, nas casas, à beira do mar ou
no deserto com a multidão faminta. Dá aos nossos
corações a alegria da partilha e firma-nos na
comunhão contigo, por Cristo, nosso Senhor. Amém.
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Leitura Orante – 16º DOMINGO TEMPO COMUM, 19 de Julho de 2020
ACEITAR O JOIO NOS HUMANIZA
“Deixai-os crescer juntos até a colheita!” (Mt 13,30)
Texto Bíblico: Mateus 13,24-43
1 – O que diz o texto?
Jesus costumava contar parábolas com frequência e as pessoas gostavam de ouvi-lo; suas parábolas brotavam do chão da vida, estavam carregadas de vida e comprometiam as pessoas a viverem de um modo diferente, deixando-se inspirar por Aquele que é Fonte da Vida. Como relatos instigantes, as parábolas faziam emergir uma nova imagem de Deus e uma nova imagem do ser humano.
Sabemos que as imagens, que cada um guarda em seu interior, tem um peso e marcam a vida: elas podem fazer adoecer ou ativar uma vida sadia, podem alimentar medos ou despertar coragem, podem estreitar a vida ou expandi-la…. Todos têm experiências das funestas consequências das falsas imagens de Deus, que acabam alimentando, em cada um, uma autoimagem atrofiada e paralisante. Jesus, com suas parábolas provocativas, desejava quebrar tais imagens nocivas e substituí-las por outras saudáveis.
Para isso, Ele usa uma pedagogia para nos provocar e dirigir nossa atenção para algo específico, que nos inquieta: quando nos sentimos incomodados com Suas imagens, isso significa que estamos sendo confrontados com imagens falsas de Deus e de nós mesmos, petrificadas em nosso interior. Algum aspecto nosso, que até então havia permanecido na sombra, é iluminado; agora somos capazes de nos ver de modo diferente. Essa transformação interior, de nossa visão e de nossos sentimentos, não pode ser alcançada por meio de meras palavras de ensinamento. Para isso, precisamos da arte das parábolas, pois elas desvelam, põem às claras, situações e modos fechados de viver, visões distorcidas, falsas verdades, ideias atrofiadas, crenças vazias…, que nos dão uma sensação de segurança e temos resistências em abrir mão de tudo isso.
Como muitas outras parábolas, também a do “joio e do trigo” é um relato provocativo. Não só porque parece ir contra o “senso comum”, que aconselha arrancar o joio que impede o crescimento do trigo, mas porque é também uma resposta às críticas que o próprio Jesus recebia por sua atitude com relação àqueles que a religião tinha excluído. Não em vão Ele foi acusado de ser “amigo de publicanos e pecadores”.
Por outro lado, a parábola pode deixar transparecer as inquietações da comunidade de Mateus, preocupada por separar com clareza os “bons discípulos” daqueles que não eram. Como tantos grupos humanos, a tentação é marcar uma linha divisória, entre o “trigo” e o “joio”. Essa separação, no interior da comunidade cristã, acaba se projetando nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais…, criando “muros” e “fronteiras” que esvaziam o processo de humanização.
Pois bem, seja porque se refira à vida histórica de Jesus, seja porque se tenha adaptado para responder a alguma polêmica comunitária posterior, o certo é que a mensagem da parábola não deixa lugar a dúvidas: “deixai crescer um e outro até a colheita!”.
2 – O que o texto diz para mim?
A atitude sábia de deixar o “trigo e o joio crescerem juntos”, me remete precisamente ao que tenho de fazer com o meu próprio “joio”: aceitá-lo, acolhê-lo, integrá-lo, reconhecê-lo como meu, sem reduzir-me a ele e sem me deixar determinar por ele. Tal atitude implica um crescimento em integração e em humildade. Por mais estranho que pareça, a aceitação do “joio” me humaniza, pois me faz descer de meu pedestal egoico feito de exigência, perfeccionismo e de complexo de superioridade – e aproximar-me de meu ser verdadeiro.
Quanto mais eu me conheço e conheço o Sol que me habita (Deus), mais me integro e mais me humanizo.
Humanizar-se, não no sentido de ser mais virtuoso, brilhante, bem-sucedido, perfeccionista… Humanizar-se é também a capacidade de acolher-se frágil, vulnerável e, ao mesmo tempo, ativar a vigor, ser criativo, resistir, poder traçar caminhos… Fazer a síntese entre ternura e vigor.
Não pretendo, pois, arrancar o joio; demonstrar com minha vida que, ser trigo, é mais humano.
Minha vida está repleta da graça divina. Vivo mergulhada na Graça que me santifica.
Ser santa é viver em plenitude minha humanidade. É aprender a descobrir e a redescobrir a “presença de Deus em tudo e tudo em Deus” (S. Inácio).
3 – O que a Palavra me leva a experimentar?
Já foi dito que o ser humano nunca é tão grande como quando sabe reconhecer e aceitar sua fragilidade, sua limitação… Reconhecer e aceitar sua própria “humanidade”, diante de Deus e dos outros, significa percorrer um caminho em direção a uma visão positiva, madura e profunda de si mesmo.
Com isso, já não desperdiço as minhas energias para tentar, inutilmente, afastar de mim algo que faz parte de minha vida e que devo aprender a integrar, a preencher de sentido, a transformar…
Às vezes, no mal que quero extirpar, há um bem que não sei descobrir.
Com efeito, tenho sempre a tentação de querer extirpar logo e totalmente o “joio” do meu coração, arriscando-me a arrancar com ele, pela raiz, os germes do bem que estão crescendo com dificuldade e que exigem uma atitude muito diferente, isto é, paciência e delicadeza, capacidade de intuição e clarividência, disponibilidade para alimentar uma sadia tolerância para comigo.
Todo este processo de integração interior se faz visível na integração com os outros com quem convivo.
Parece claro que, o ser humano, fica incomodado com o “diferente”, com aquele que sente, pensa e crê de outra maneira. Se a isso agrega a necessidade de “ter razão”, característica do ego, poderia explicar a origem de tantas intolerâncias, fanatismos, juízos, processos inquisitoriais e condenações… Tanto as religiões, como os grupos sociais, insistem em ter tudo bem clarificado e estabelecido, para evitar sobressaltos. Detrás de tudo isso, o que se busca é assegurar a sobrevivência e defender-se da ameaça da insegurança ou da necessidade de mudanças. Sair das próprias posições e convicções, no campo religioso, social, político, cultural… é, para muitos, um processo doloroso.
4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?
Senhor, a parábola do (joio e trigo) é um chamado à tolerância e à paciência. A virtude da tolerância não é sinônima de “bonzinho amorfo”, nem constitui um relativismo suicida. Tolerância é respeito e valorização da pessoa, acima das diferenças, acima das atitudes contrárias e inclusive, segundo Jesus, frente às agressões recebidas: “Amai vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”.
A personalidade fanática tende a ver a realidade dividida completamente em duas: tudo é branco ou preto, verdadeiro ou falso, bom ou mau, “trigo e joio”; para ela, não existem outras tonalidades. Por isso, ela se converte em juiz implacável que “salva” ou “condena”, assume atitudes fascistas ou nazistas, com a ilusão da raça pura, da ideologia pura, da religião pura…
Niels Bohr, um dos grandes iniciadores da física quântica, afirmou que “o oposto de uma verdade profunda pode ser também outra verdade profunda”. E para ele não se tratava de uma crença ou de uma opinião pessoal, mas de uma constatação, fruto de seus experimentos com partículas subatômicas.
Há um fato inegável: ninguém é igual a outro, todos tem algo que se diferencia. Por isso existe a biodiversidade, milhões de formas de vida. O mesmo e mais profundamente vale para o nível humano. Aqui as diferenças mostram a riqueza da única e mesma humanidade. Posso ser humana de muitas formas e devo ser tolerante, como toda a realidade é tolerante. A intolerância será sempre um desvio e uma patologia e assim deve ser considerada.
5 – O que a Palavra me leva a viver?
O rigorismo não faz parte do caminho da Graça; o caminho da graça se chama compreensão e tolerância. A melhor resposta é dar a oportunidade para que o trigo amadureça; a melhor solução é abrir possibilidade para que o joio seja transformado. É questão de saber esperar. E disso, o amor é especialista.
– Frente ao “joio” presente em meu interior, que atitudes assumo: auto-julgamento? moralismo? intransigência?
– E frente ao “outro”, que “pensa, sente e ama de maneira diferente”, como eu me situo?
Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 13,24-43
Roteiro: Penha Carpanedo, da Congregação Discípulas do Divino Mestre (Apostolado litúrgico), membro da Rede Celebra de animação litúrgica.
Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
1. ABERTURA – Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
– Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)
– Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
A criação inteira, o Senhor remiu. (bis)
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)
– Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
Povo de sacerdotes, a Deus louvação. (bis) 2. MOTIVAÇÃO
Este dia de domingo, nos oferece o descanso e a alegria da presença do Ressuscitado no meio de nós. Que esta alegria se estenda a todas as pessoas que estão sofrendo por causa da doença, da pobreza e da violência.
As pessoas podem conversar sobre a semana que passou e falar de suas esperanças.
3. SALMO 65 (64)
Neste salmo que medita sobre o trabalho de Deus na
natureza, junto com toda a criação que anseia pela
libertação, louvemos ao Senhor.
A semente caiu em terra boa e deu fruto.
1. Visitais a nossa terra com as chuvas,
e transborda de fartura.
Rios de Deus que vêm do céu derramam águas,
e preparais o nosso trigo.
2. É assim que preparais a nossa terra:
vós a regais e aplainais,
os seus sulcos com a chuva amoleceis
e abençoais as sementeiras.
3. O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos;
transborda a fartura onde passais,
brotam pastos no deserto.
4. As colinas se enfeitam de alegria,
e os campos, de rebanhos;
nossos vales se revestem de trigais:
tudo canta de alegria!
Oração silenciosa
4. ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus da consolação, tu sempre nos iluminas
e nos conduzes aos teus caminhos!
Dá a todos os cristãos e cristãs
a graça da fidelidade ao teu evangelho
e a coragem de romper com tudo que lhe é contrário.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
5. REFRÃO –para acolher o evangelho
Mandai o vosso Espírito Santo,
o paráclito aos nossos corações
e fazei-nos conhecer as Escrituras,
as Escrituras que foram por ele inspiradas.
6. LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 13,1-9 – Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às
margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão
reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa
barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé,
na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘O
semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava,
algumas sementes caíram à beira do caminho, e os
pássaros vieram e as comeram. 5Outras sementes
caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita
terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não
era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas
ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os
espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras
sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à
base de cem, de sessenta e de trinta frutos por s
emente. 9Quem tem ouvidos, ouça!’
Palavra da Salvação.
7. MEDITAÇÃO – Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
No evangelho desde domingo, Jesus, sentado em
uma barca, ensina à multidão. Ele conta uma parábola,
ou seja, a história de um lavrador que saiu a semear. A
semente caiu em quatro terrenos diferentes e somente
um produziu os frutos esperados. Com isso, Jesus
indica os diversos modos de ouvir a Palavra.
A semente que caiu ao longo da estrada e foi
levada pelos pássaros refere-se uma escuta superficial,
que como diz o povo, “entra por um ouvido e sai pelo
outro”; a palavra não permanece e não pode dar fruto. A
semente que caiu em terreno pedregoso é a palavra
que foi recebida com alegria, mas não criou raízes, não
foi capaz de resistir às provações. A semente semeada
entre espinhos, simboliza uma escuta que dá ouvido a
muitas outras palavras, e não sabe discernir entre a
palavra de Jesus e a daqueles que tem uma pregação
equivocada.
Finalmente, o terreno bom é a pessoa que escuta,
acolhe e caminha sob a direção da Palavra dia após
dia, vencendo as provações da vida, jamais
confundindo a palavra de Jesus com outras vozes. É
uma escuta que leva à “a alegria do evangelho que
enche o coração e a vida inteira daqueles que se
encontram com Jesus”, como diz o papa Francisco [EG].
De fato, Jesus não falou somente para as pessoas que
o acolheram e se converteram. Comunicou-se com
gente aberta e gente fechada, colocou sua semente em
terreno fértil e em terreno que não apresentava boas
condições para o plantio. Esta atitude de Jesus é de
absoluta gratuidade e abertura. Ele abre o anúncio
para todos e não força ninguém. Mas acredita que
mesmo o terreno ruim pode produzir fruto.
8. PRECES
Oremos a Cristo que intercede por nós junto do Pai e cantemos: Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Senhor Jesus, faze germinar no coração das
comunidades que hoje se reúnem, as sementes da tua
Palavra para que deem frutos de vida. Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Senhor Jesus, dá ao nosso papa Francisco luz,
inteligência e perseverança para continuar a semeando
em nosso mundo a boa nova do Evangelho. Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Senhor Jesus, escuta o clamor dos que estão
experimentando em seu corpo as marcas da paixão
causadas pela fome e pela doença. Ó Senhor, escuta a nossa prece.
– Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende-nos, ó Pai, por Cristo Jesus, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
9. PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu
Espírito que ora em nós, rezemos com confiança: Pai nosso…
Oração
Ó Deus, tua Palavra fecunda o universo inteiro e
produz frutos de justiça em todos os cantos da terra.
Que cresça em nós, até a colheita abundante, a palavra
que foi semanada em nossos corações. Abre os nossos
ouvidos para que possamos escutar o que o Espírito diz
às Igrejas, através dos fatos da vida, da natureza e do
clamor dos pobres. Por Cristo Nosso Senhor. Amém
. 10. BÊNÇÃO
Abençoe-nos, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
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