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Instituições devem preparar alunos para o Enade

11/08/2022
Por  ANEC Comunicação

Para falar sobre a relevância do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – Enade e auxiliar nas estratégias que as instituições de ensino superior católicas podem adotar para alcançarem melhores resultados na avaliação, a ANEC promoveu, nesta terça-feira (9/08), um debate sobre o tema durante o Encontro de PI’s e CPA’s das IES Católicas, tendo como palestrante o Diretor Executivo e Assessor para Assuntos Econômicos do SEMESP, Rodrigo Capelato.

Com graduação em Economia pela Universidade de São Paulo, autor de livros e artigos sobre educação superior e coordenador do Sistema de Informações do Ensino Superior Privado (SINDATA), Capelato explicou que o indicador, embora não tenha sido criado para avaliar o desempenho individual dos cursos de cada instituição, acabou assumindo esse papel. “Assim como outros indicadores do sistema de avaliação da educação superior brasileira, o Enade nasceu para ser um exame de avaliação in loco. No entanto, passou a ser usado para avaliar cursos, com ampla exposição na imprensa e nas próprias instituições de ensino. Por isso, é fundamental que as entidades educacionais foquem em ações que resultem em melhoramento das notas dos seus alunos”, afirmou Capelato.

De acordo com o especialista, um dos fatores pelos quais as faculdades e universidades devem garantir um bom desempenho no Enade se deve a outro indicador igualmente relevante para o setor – o Conceito Preliminar de Curso (CPC). “O Enade é responsável por 70% da composição do CPC. Em seguida, são considerados na sua composição o número de doutores e mestres que atuam em cada instituição, que representa 7,5% da nota, além do regime de trabalho desses docentes, que equivale a outros 7,5% da composição do CPC”, explicou.

O CPC é um indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação. Seu cálculo e sua divulgação ocorrem no ano seguinte ao da realização do Enade, com base na avaliação de desempenho de estudantes, no valor agregado pelo processo formativo e em insumos referentes às condições de oferta – corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos. “É preciso fazer um trabalho de conscientização dos estudantes sobre a importância do Enade, para que eles se preparem para a prova e melhorem seu desempenho. Outra estratégia relevante é garantir um bom percentual de doutores e mestres no número total de docentes. Ou seja, o que conta para este indicador não é necessariamente o número de doutores, mas sim o percentual deles no quadro de docentes”, alertou.

Enade – No dia 27 de novembro, será realizada, em todo o país, mais uma etapa do Enade. Este ano, a prova avaliará concluintes de 26 cursos de bacharelados e superiores de tecnologia vinculados ao ano III do ciclo avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP desde 2004, o Enade tem como objetivo medir o rendimento dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos.

Após a realização do exame, o INEP divulga a nota média alcançada pelos estudantes avaliados de cada instituição de educação superior, que vai de 1 a 5. As graduações com nota 3 estão dentro do rendimento comum ou próximo a ele. As notas 1 e 2 mostram que o curso está abaixo das expectativas. Os conceitos 4 e 5 indicam que a graduação avaliada está com uma performance superior à média das demais.


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