A Associação Nacional de Escolas Católicas (ANEC) esteve presente, nesta quarta-feira (10), em reunião no Ministério da Educação (MEC), com a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). Na ocasião, a entidade fez a entrega oficial do documento de pesquisa realizado com as associadas sobre o Novo Ensino Médio, a fim de subsidiar a tomada de decisões dos órgãos reguladores de educação. Estiveram presentes no encontro o Ir. Natalino Guilherme de Souza, 2º Diretor Vice-Presidente da ANEC; Roberta Guedes, gerente da Câmara de Educação Básica, e Maurício de Holanda Maia, secretário da SASE.

Ir. Natalino aponta que a ANEC tem o desejo de contribuir com qualquer passo que o Governo dê no sentido de avaliar, qualificar e fortalecer a educação brasileira. “Nós sentimos o dever de contribuir e esse documento é uma contribuição materializada. Nós realizamos um levantamento quantitativo e qualitativo de como estão as nossas escolas após a implantação do Novo Ensino Médio”, afirma. “Nós tivemos a adesão significativa de quase 80% das nossas associadas. Isso mostra que houve um grande interesse e preocupação delas de trazer os elementos para que eles pudessem ser analisados”.

O secretário da SASE, Maurício de Holanda, reforça a importância dessa parceria com a ANEC. “É gratificante que a gente tenha esse diálogo cordial e de confiança. O serviço prestado pelas escolas católicas no país é muito expressivo, por isso, é importante que possamos dispor dessa conversa e do subsídio técnico”.

Consulta às associadas

O documento entregue no MEC foi produzido após ampla pesquisa com as escolas associadas à ANEC. Em um primeiro momento, foi enviado um questionário técnico com perguntas relacionadas à implantação do Novo Ensino Médio – que passavam por questões relacionadas à construção das matrizes, itinerários formativos, formação docente, até o investimento que foi feito nas pessoas e nas estruturas para que ocorresse a implementação. E, a partir desse material, foi realizada uma análise técnica. “Além de um panorama de como estão as associadas após aplicação do NEM, o documento também traz algumas sugestões para o MEC no aspeto do que pode aprimorado e o que precisa ser corrigido em nível de educação nacional”, afirma Roberta Guedes.

Para Ir. Natalino, a consulta pública que o MEC está realizando para reformular o projeto do NEM é de extrema importância. “Qualquer política pública ou deliberação que o Governo ofereça para uma transformação social ou da educação é fundamental que a sociedade civil e que todas as instituições sejam escutadas, pois são elas que estão na execução, na transformação cotidiana dessas políticas. Então é mais do que justo e democrático que elas participem, deem sua opinião e tenham voz para que se possa entender qual seria o melhor formato, processo e resultado a ser alcançado”.

Expectativas

Após a reformulação do Novo Ensino Médio a expectativa é que a educação continue sendo o objetivo principal. “Que a gente parta de uma discussão técnica, curricular, que foque em políticas públicas que sejam para todos. De uma educação que todos tenham equidade, porque é isso que a ANEC defende”, afirma Roberta. “Uma educação de excelência, formação humana e um país solidário e fraterno”, finaliza.

A ANEC foi a primeira instituição a ser consultada pelo Ministério da Educação sobre o Novo Ensino Médio, como uma das estratégias que estão sendo desenvolvidas para análise do NEM. A consulta ocorreu no dia 3 de maio. A expectativa é que a entidade também entregue o documento ao Inep para subsidiar as discussões sobre o Novo Enem.