Representantes de universidades particulares de todo Brasil se reuniram na quarta (19/2) com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Benedito Aguiar, para debaterem sobre as próximas metas do sistema de educação superior. No encontro foi destacada a urgência da criação e implementação de programas que tragam inovação para o cenário industrial brasileiro. A ANEC foi representada pelo Secretário Executivo, James Pinheiro.

Benedito Aguiar lamentou que o Brasil seja um dos líderes mundiais na produção commodities porém esteja atrás de países como a Costa Rica no ranking de inovação. Ele considera que “o sistema nacional de pós-graduação tem que ficar consciente da importância de se envolver na solução de grandes problemas do país”.

Ele comenta ainda que há muita discussão sobre o assunto, porém faltam estratégias de atuação. “Se a indústria nacional não sair da zona de conforto e reconhecer que a academia é sua principal parceira, a gente não vai sair do lugar”, disse.

O secretário executivo da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), James Pinheiro, concorda com a necessidade da aplicação do conhecimento de pesquisas acadêmicas na produção industrial brasileira e destaca que as Universidades Católicas já contam com programas que aproximam os alunos à prática do mercado. “Levamos os empreendedores para as salas de aula ou os alunos para as empresas”, conclui.

O reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Waldemiro Gremski, considera que, no Brasil, não há falta de especialistas em áreas técnicas. Para ele, o que falta é a retirada desses sujeitos da vida acadêmica e a inserção no mercado para que haja mais inovação. “Nós cobrimos a metade do processo, que é produzir ciência, mas não usamos a ciência para o salto tecnológico”, argumenta.

Fonte: João Vitor Silva Daniel/Assessoria de Comunicação