O Congresso Mundial da Organização Internacional de Educação Católica (OIEC) começou nesta quinta-feira (1), em Marselha, na França, com mensagem enviada pelo Papa Francisco ao secretário-geral, Philippe Richard. Aos participantes provenientes de diferentes partes do mundo que estarão reunidos até sábado (3) para o evento, o Pontífice pediu para se dar voz à Palavra de Cristo “que não é nossa”, “que nos transcende”, para criar uma identidade escolar que entra em comunhão e consegue estar em movimento com o fim maior de se construir pontes de diálogo para não excluir ninguém.
A identidade da escola católica
Na carta escrita em espanhol e lida na abertura do congresso, o Papa recordou que, “para a sociedade, a educação é certamente um dever inevitável e, em muitos casos, um desafio premente. Para o cristão, é também uma forma de participar do papel profético que Jesus deixou à sua Igreja”.
Por isso, quando se trata do ensino da escola católica, a vocação cristã pede “para dar voz a uma Palavra que não é nossa, que nos supera e nos transcende”, dando vez à formação das pessoas em sua integridade e não se limitando a “algo meramente humano”, com atividades reduzidas ao ensino de matérias. “Logicamente”, alertou Francisco, os conteúdos dos colégios “estão abertos a todos os ramos do conhecimento e a qualquer pessoa que busque essa instrução”:
“Não estamos falando de proselitismo, muito menos de excluir de nossas escolas aqueles que não pensam como nós. O que eu quero dizer é que a escola como um todo se configure como uma lição de vida na qual diferentes elementos são integrados, em estreita colaboração com outras instâncias, como a família ou a sociedade. Desta forma, no cotidiano, no imperceptível, no que é vivido, a identidade de nossas escolas conseguirá se fazer presente e entrar em diálogo, ser uma palavra que possa, ao mesmo tempo, ser um desafio para as pessoas de fé e construir pontes de diálogo com os não crentes.”
A “comunhão” dentro da sala de aula
O Papa, então, colocou uma “grande questão” em ato: “como conseguir que a escola católica seja realmente o que o Senhor pede a elas?”. A resposta já veio do Pontífice: “está no próprio Jesus”, em como Ele ensinou e como pediu aos discípulos que ensinassem a sua mensagem, de acordo com a sua própria vocação. Nasce, assim, a característica da “comunhão” a ser seguida em aulas que não devem ser “mônadas, nossas escolas não são compartimentos estanques”:
“Cada um de nós e de nossas atividades está em comunhão com Deus que nos envia, com a Igreja universal e local, em um projeto comum que nos supera e nos transcende, a serviço da humanidade. Esta lição, mesmo para os não cristãos, trará a certeza de que não caminhamos sozinhos, pois vivemos em uma família, em uma sociedade, somos co-responsáveis, trabalhamos juntos por um bem comum, apesar de nossas diferenças.”
O eterno “movimento” exigido nas escolas
A segunda característica indicada pelo Papa Francisco na mensagem também vem de Jesus e é seguida pelos discípulos, que estão sempre caminhando, portanto: os colégios precisam estar “em movimento”.
“Desta forma, a escola católica em suas iniciativas deve abraçar as problemáticas sociais, em âmbito local e universal, deve aprender e, nesse aprendizado, ensinar a abrir a mente para novas situações e novos conceitos, caminhar junto sem excluir ninguém, estabelecer pontos de encontro e adaptar a linguagem para que seja capaz de captar a atenção daqueles que estão mais distantes.”
Fonte: Foto e Texto Vatican News
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