O segundo dia do Fórum de Presidentes e Gestores da Associação Nacional de Educação Católica no Brasil (ANEC), nesta sexta-feira (27), foi marcado por várias ações de governança, ecologia integral e gestão de sucesso.
Inicialmente, o CEO do Grupo Marista, Maurício Zanforlin, falou sobre “Governança e o case do Grupo Marista”. Entre os aprendizados de uma boa governança, Zanforlin cita a vontade genuína de avançar e mudar, além de lidar com diferenças de opinião.
Em relação aos desafios para o futuro, o CEO destacou a agenda ESG, Educação do Futuro, Transformação Digital e Cibersegurança, inovação e competitividade, relacionamento com órgãos regulatórios e as mudanças na regulamentação que podem vir com a reforma tributária.
“A gente tem que reconhecer a nossa importância e o impacto que a gente, enquanto instituições católicas, gera na sociedade. A nossa missão tem que ser entendida como um grande diferencial. A partir desse diferencial, a gente tem que se organizar. É aí que entra a temática da governança, que a gente possa explorar ao máximo as nossas capacidades e potencialidades e com isso exercer aquilo que a gente quer, a transformação da sociedade por meio da educação”, destacou Maurício Zanforlin.
Na sequência, o professor e reitor da Universidade Católica de Brasília, Carlos Longo, falou sobre os desafios e oportunidades do gestor atual. Entre os desafios, ele citou o impacto da Inteligência Artificial (IA) na Educação. “Educação deve ser um dos segmentos mais impactados pela IA. As IES no Brasil estão preparadas para isso?”, questionou o reitor.
A diretora ASG da Rede Lius, Aleluia Heringer, apresentou os benefícios da visão ASG que engloba ações ligadas ao Ambiental, Social e Governança. Segundo ela, as escolas precisam rever o conceito de ecologia integral e aplicar melhores práticas de gestão de resíduos. “É um compromisso que traz o valor da ecologia integral”, disse.
Outro ponto destacado por Aleluia foi o olhar das escolas para a diversidade, equidade e inclusão com a mesma inspiração que vem de Jesus. Ela citou a necessidade de “acolher a todos conforme os ensinamentos de Jesus”, além de abordar um Protocolo Antidiscriminação, preconceito e racismo.
Como exemplo para aplicação, ela mostrou o programa Aldeia que Educa, que promove rodas de conversa com pais, alunos e colaboradores sobre os temas urgentes e sensíveis da sociedade.
No período da tarde, os participantes do Fórum conheceram algumas técnicas para fazer a instituição realizar a “jornada do crescimento exponencial” com Pedro London, fundador da Inspin Educação. London deu dicas de dados e ações para aumentar as matrículas, com o processo de fidelização, captação e rituais de acompanhamento.
“As escolas que mais crescem não são, necessariamente, aquelas que têm o melhor projeto pedagógico. Um bom projeto é premissa, mas não é suficiente para o crescimento”, disse London.
Pacto de Transparência CEBAS
Ao final do evento, a presidente da Câmara de Mantenedoras da ANEC, Ir. Marli Araújo, e a gerente da Câmara, Fabiana Deflon, firmaram um Pacto de Transparência CEBAS com os gestores. Na ocasião, elas apresentaram desafios que foram relatados por alguns gestores, além de riscos com a possível “segregação”, muitas vezes apontada pela imprensa, na oferta de bolsas de estudo por parte de algumas instituições de ensino.
Também foram apresentadas as ações concretas da ANEC e como as associadas podem apoiar o Pacto de Transparência CEBAS, divulgando a pesquisa sobre a Educação Católica e participando de formações e capacitações.
Entre as ações concretas da ANEC, a Irmã Marli destacou a participação ativa no Parlamento, no acompanhamento e relacionamento com os parlamentares, os esclarecimentos acerca do tema, assim como a realização da pesquisa “Impacto da Educação Católica na sociedade brasileira”.
Um rico momento de escuta e partilha entre a Diretoria da ANEC e os presidentes e gestores presentes marcaram o encerramento do evento.
Avaliações sobre o encontro
O diretor-presidente da ANEC, Padre João Batista, destacou a importância do evento para fortalecer os valores da educação católica, além de ajudar a solucionar algumas dificuldades enfrentadas pelos gestores.
“O evento foi importante para discutir com presidentes e gestores da ANEC os principais desafios, trocas de experiência e convivência, além de mostrar caminhos de soluções para as dificuldades que existem no momento. Dificuldades são próprias de qualquer gestão, mas se a gente não se reúne, não discute e não troca experiência, não avança. Também mostramos como a ANEC pode ajudar as suas associadas”, disse o padre João Batista.
Para Emerson Corrêa, representante da Rede Divina Providência de Florianópolis, o Fórum agradou bastante pelo nível técnico e conteúdos de qualidade que foram abordados.
“Sempre participo dos eventos da ANEC, mas esse foi um dos melhores que eu já participei, tanto do nível técnico dos palestrantes quanto a qualidade dos conteúdos, como governança, gestão de redes e o CEBAS. Saio bem satisfeito, foram assuntos bem variados e com uma grande profundidade”, destacou.
Já o Padre Jonas Carvalho de Moraes, da Companhia de Jesus Jesuítas e presidente da Mantenedora ANEAS, avaliou o encontro como “muito positivo”. Ele enfatizou a importância da pesquisa sobre o Impacto da Educação Católica. “Foi interessante ver o retorno financeiro para cada real gasto. É muito significativo e merece todo o esforço de divulgação”, disse.
Padre Jonas Carvalho também destacou os cases que foram apresentados, como o do Marista e o da Universidade Católica de Brasília na governança. “Foram experiências significativas que abrem horizontes, perspectivas e dão ideias de como a vida religiosa vai se organizando de modo concreto na gestão corporativa e na governança. A experiência dos outros nos enriquece bastante”, declarou.
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