A Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) apresentou, nesta quarta-feira (4), em audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal, os dados inéditos da pesquisa “Impactos da Educação Católica na Sociedade Brasileira”.
A audiência foi conduzida pela senadora Teresa Leitão (PT-PE) e contou com a participação do diretor-presidente da ANEC, Padre João Batista, o pesquisador Pedro Mello e a gerente da Câmara de Mantenedoras da ANEC, Fabiana Deflon.
Na abertura da apresentação, Padre João Batista destacou a importante presença da ANEC na comissão legislativa, responsável pelas principais discussões nacionais no âmbito da educação. Ele reforçou o compromisso e a missão da associação em defender a educação integral alinhada aos princípios cristãos e em prol do desenvolvimento pleno da pessoa humana.
“A ANEC está aqui, hoje, para apresentar a sua mais recente pesquisa como forma de prestação de contas para a sociedade brasileira e também aos senadores que têm a prerrogativa de legislar e regulamentar as políticas públicas”, declarou o diretor-presidente da associação.
Na sequência, o pesquisador Pedro Mello apresentou os indicadores e números da pesquisa elaborada com dados do Governo Federal, disponibilizados via Lei de Acesso à Informação (LAI) e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de informações e caminhadas pelas mantenedoras.
O pesquisador destacou o dado inédito sobre o retorno financeiro das instituições de educação católica para a sociedade. “A cada R$ 1,00 da imunidade tributária, a educação católica retorna R$ 24,34 por meio direito das Mantenedoras de Educação Básica e Superior no país”, informou.
De acordo com a pesquisa, as escolas católicas da Educação Básica estão presentes em 509 municípios brasileiros, o que representa quase 10% das 5.570 cidades do país.
Posteriormente, a gerente de Mantenedoras da ANEC, Fabiana Deflon, apresentou o “viés beneficente” das instituições de educação católica em prol da erradicação da pobreza. “Mais de 20% dos alunos das escolas católicas estudam com bolsas de estudo 100% integrais, ou seja, gratuitas. Ao todo, mais de 115 mil alunos recebem bolsas de estudos nos colégios católicos”, apresentou Fabiana.
“É uma entrega muito grande de resultados que beneficiam a sociedade como um todo, para que o estudante saia da vulnerabilidade, mude de vida e não abandone a escola. Damos condições mínimas para o estudante permanecer, o aluno fica porque tem transporte, alimentação, e a aprovação dele é 6x maior também”, declarou a gerente da ANEC.
Dados relevantes apresentam o impacto da educação católica
A pesquisa também revelou que alunos de escolas católicas que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2019 — último ano em que houve a divulgação dos microdados — tiraram notas de redação quase 20% maiores na média, em comparação com alunos de outras escolas privadas e públicas.
A assiduidade nas escolas católicas é 27 vezes maior, e a aprovação é 6 vezes maior que nas outras escolas. Analisando o resultado dos municípios que possuem escolas católicas, estes obtiveram resultado 42% melhor no indicador de analfabetismo na população com 15 anos ou mais.
Sobre a Educação Superior, foi revelado que as faculdades e universidades católicas conseguem resultado em média 15% maior do que as instituições de Ensino Superior públicas e privadas no IDD. Além disso, o índice de conclusão do curso é de 36% superior ao índice das outras IES públicas e privadas do país.
Senadora destaca qualidade dos dados da pesquisa
Após a realização da audiência, a senadora Teresa Leitão destacou a importância da pesquisa para valorização da educação católica no Brasil. “Nós fomos convidados para a apresentação da pesquisa, não pudemos ir e tivemos essa ideia, eu o senador Flávio Arns, de trazer a apresentação para o Senado”, disse.
“A pesquisa, muito bem realizada, dá uma dimensão da importância dessas escolas, tanto no próprio conteúdo curricular, tendo em vista os resultados do Enem, tendo em vista os resultados de outros espaços de competição e de ingresso no ensino superior, como também de outra questão relacionada aos chamados bens intangíveis”, concluiu a senadora.
Acesse a pesquisa na íntegra, clicando aqui.
Imagens: Mariana Leal
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