Começou nesta quarta-feira, 2 de julho, em Fortaleza (CE), o VII Congresso Nacional de Educação Católica, promovido pela Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC). O evento, que se estende até sexta-feira (4), celebra os 80 anos da ANEC e reúne líderes religiosos, educadores, gestores, parlamentares e representantes do governo para discutir o papel transformador da educação católica diante dos desafios contemporâneos.
A abertura foi marcada pela Santa Missa presidida por Dom Gregório Paixão, arcebispo de Fortaleza, que destacou em sua homilia os ensinamentos de Jesus como guia para uma educação pautada na esperança, na justiça e na paz. “Jesus nos ensina por meio dos gestos. Nossas escolas precisam ser escolas de fé, para se tornarem escolas de humanidade”, afirmou.
Durante a celebração, foi lançado o ícone “Jesus, Mestre da Esperança”, símbolo do congresso e tributo à missão evangelizadora da educação católica no Brasil.
Ao discursar na mesa de Abertura, Padre João Batista, diretor-presidente da ANEC, lembrou a escolha de Fortaleza como sede do congresso e destacou o compromisso da instituição com a formação humana integral. “A educação é capaz de transformar a vida de uma pessoa e de uma sociedade. Que este congresso nos renove na missão e no compromisso com uma educação de qualidade, guiada pela fé e pela esperança”, declarou.
Irmã Iraní Rupolo, vice-presidente da ANEC, reforçou o caráter transformador da educação e chamou os participantes a aprofundarem reflexões e práticas que respondam às múltiplas realidades do Brasil. “Precisamos formar instituições que sejam o coração pensante da sociedade, voltadas à justiça, à solidariedade e ao desenvolvimento sustentável”, disse.
Em nome da CNBB, o Dom João Justino de Medeiros Silva, vice-presidente da Conferência e membro do Conselho Superior da ANEC, destacou a paixão dos educadores católicos por sua missão. “Um congresso como este toca a alma da educação. Mas ele não termina aqui. O pós-congresso se vive nas escolas, nas universidades, nas bases, onde o trabalho silencioso forma gerações.”
Irmã Carolina Mureb, diretora 1ª tesoureira, saudou religiosas e religiosos presentes, lembrando que a educação católica é, antes de tudo, um ministério: “Nossas escolas são verdadeiras comunidades eclesiais. Evangelizamos educando e educamos evangelizando.”
Para Dom Gregório Paixão, as escolas católicas precisam ser transformadas em “uma escola de fé, e uma escola também de oração”. “Nossas escolas precisam ser escolas de fé, para se tornarem cada vez mais escolas de humanidade. Se nós assim agirmos prepararemos os nossos alunos e todos aqueles que fazem parte das nossas escolas, das nossas universidades igualmente, em mensageiros de paz, de alegria, de esperança.
A presença do poder público no congresso foi marcada por discursos de reconhecimento à contribuição histórica da educação católica. A secretária de Educação do Ceará, professora Ciza Viana, afirmou que o estado se orgulha de ser parceiro de escolas que promovem uma educação transformadora.
Representando o Ministério da Educação, Rafael Furtado, secretário substituto de Regulação e Supervisão da Educação Superior, destacou a importância das instituições católicas no fortalecimento da educação cidadã: “A ANEC tem um papel fundamental na formação integral, pautada na liberdade, diversidade e princípios constitucionais. Precisamos enfrentar juntos os desafios impostos por grandes conglomerados educacionais que ameaçam as instituições comunitárias e confessionais.”
Na esfera legislativa, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Frente Parlamentar Católica, defendeu a ampliação do acesso à educação religiosa nas escolas públicas, de forma optativa. “Não se trata de impor, mas de garantir o direito à formação espiritual. As escolas católicas já formaram mais de 80% da população brasileira no passado. É hora de refletir sobre como resgatar essa presença na vida nacional.”
Com uma programação extensa de painéis, debates e momentos litúrgicos, o VII Congresso Nacional de Educação Católica se consolida como um espaço de reflexão sobre o presente e o futuro da educação no Brasil. A diversidade de participantes e a convergência em torno de uma missão comum – evangelizar por meio da educação – reforçam o compromisso da ANEC com uma sociedade mais justa, fraterna e esperançosa.
“Se vivermos o novo de Deus, viveremos o novo da humanidade”, concluiu Dom Gregório. E foi sob esse espírito que o congresso foi oficialmente aberto: como um chamado coletivo à esperança que educa e transforma.
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