Durante encontro na manhã da terça-feira, 14/11, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) entregou, para os representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o relatório da Pesquisa de Indicadores da Educação Inclusiva realizada nas instituições associadas. Além do presidente, do secretário-executivo e de gerentes da ANEC, também estiveram presentes Dom Francisco Agamenilton Damascena, Bispo Referencial para a Educação e Cultura na regional Centro-Oeste, e Pe. Julio César Evangelista Resende, Assessor Nacional para a Educação, representando a CNBB.
O diretor-presidente da ANEC, Pe. João Batista Gomes de Lima, frisou a importância do documento e da união de esforços para melhorar o cenário da Educação Inclusiva vivenciado pelas instituições católicas. “Esse relatório traz muitos dados importantes, porém ressalto um deles: já passa de dois mil alunos atípicos em nossas escolas de Educação Básica e este número vem crescendo anualmente”, diz. “Todas as informações apresentadas passaram por uma criteriosa análise de toda a legislação brasileira a respeito da Educação Inclusiva e do atendimento aos alunos com necessidades especiais”, reforça Pe. João.
Roberta Guedes, gerente da Câmara de Educação Básica da ANEC, abordou que a pesquisa qualitativa – com perguntas abertas e discursivas – ouviu 73% das associadas com o intuito de compreender cenários, desafios, propostas, quantidade de estudantes com necessidades especiais atendidas, formação de professores e investimentos nessa modalidade de ensino. “A conclusão final dessa vasta pesquisa é que precisamos de uma normativa nacional que traga parâmetros mais assertivos para o trabalho das nossas instituições. De oferecer realmente a educação de excelência que essas crianças atípicas precisam”, defende Roberta.
Dom Agamenilton concordou que é preciso essa mobilização de forças para que haja uma sinergia entre as legislações estaduais e, consequentemente, com a nacional. “As leis precisam ser melhoradas para que seja possível colocar em prática, em sala de aula”, disse.
Pe. Julio César reforçou que é importante acompanhar o crescente número de crianças com laudos que precisam de monitores em sala de aula, onerando as instituições de ensino que precisam estar preparadas para atender estes alunos “Precisamos mobilizar os legisladores do país para que tenha mais clareza sobre essa questão da inclusão dentro dos espaços das instituições de ensino para que não tenham inúmeras normativas nos conselhos estaduais de maneira que isso não prejudique a missão e a qualidade do serviço que é oferecido pelas instituições”, pontuou.
A pesquisa destaca, ainda, que, dentre os principais desafios, estão o diálogo e parceria entre famílias, escola e especialistas; números de estudantes de inclusão por turma; adaptação de materiais didáticos e avaliações; formação continuada; contratação de profissionais específicos e relação com entes públicos como Ministério Público e Defensoria Pública.
Além da apresentação do Relatório, durante o encontro, Guinartt Diniz, secretário-executivo da ANEC, apontou mais uma ação que a associação está realizando nas instituições associadas: a formação de líderes. “Já atingimos 300 gestores que, após as orientações, conseguem administrar os assuntos ligados à inclusão de crianças atípicas de forma leve, compreendendo as necessidades dos alunos e também da família, e conseguindo caminhar para uma solução de forma humanizada”, comemorou.
Os representantes da CNBB se comprometeram a abordar sobre o Relatório na próxima reunião a ser realizada com os presidentes de comissão, resumindo os principais pontos abordados no documento, de forma a potencializar a importância desse documento e dos dados colhidos e apresentados nele.
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