Neste domingo (28), começa a Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2024, edição de caráter extraordinário convocada pela Presidência da República, que reunirá, aproximadamente, 2,5 mil pessoas. Com a duração de três dias (28/1 a 30/1), o evento nacional promoverá discussões cujo tema principal será “Plano Nacional de Educação 2024-2034: Política de Estado para garantia da educação como direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável”.  

Organizado pelo Ministério da Educação (MEC), o evento nacional é precedido de conferências estaduais, municipais e distrital articuladas e coordenadas pelo Fórum Nacional de Educação (FNE). A Conferência Nacional Extraordinária está organizada em sete eixos, que abrirão as formulações de problemas, causas, objetivos, diretrizes, metas e estratégias para construção do PNE 2024-2034, a serem consolidadas no documento de referência que será elaborado pelo FNE. 

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) é a representante oficial das principais instituições católicas de ensino do país, contando com 1050 escolas e 83 instituições de Ensino Superior — atendendo atualmente cerca de 1,5 milhão de estudantes no país, além de 353 instituições mantenedoras. 

Na edição extraordinária de 2024, o papel da associação será ainda mais relevante. Com a participação de 29 representantes, a intenção é potencializar a atuação da ANEC nas tomadas de decisão importantes para a educação — representando os interesses das associadas na discussão do documento que balizará o novo Plano Nacional de Educação.

O que esperar da CONAE 2024?

Os eixos tratam de temas profundamente relevantes, desde o direito universal à educação de qualidade, ensino à distância e até mesmo sobre o financiamento público da educação. Com uma variedade de delegados e temas a serem abordados, a conferência terá acesso a uma pluralidade de ideias, oferecendo um grande potencial para construir um documento completo e que englobe, com políticas e estratégias, todos os problemas do cenário brasileiro. 

Contando com representantes de todos os setores e oferecendo um diálogo de maneira democrática, a expectativa é que a CONAE 2024 consiga fazer uma leitura das principais demandas das políticas educacionais brasileiras, olhando com o devido cuidado às desigualdades sociais e aos obstáculos que milhares de brasileiros enfrentam quanto ao acesso à educação.

Além disso, considerando que o documento será a base para os próximos 10 anos da educação no Brasil, é fundamental que as discussões incluam tópicos ligados à justiça social, à inclusão, à diversidade e à tecnologia. Seja no nível econômico ou social, a acessibilidade é o que permitirá uma integração cada vez mais abrangente nas instituições educacionais e garantirá um país melhor e mais igualitário.

A vasta comitiva da associação contribuirá com discussões técnicas pautadas sempre no discurso por um pacto educativo global, como solicitado pelo Papa Francisco. Entre religiosos, religiosas, leigos e leigas, além de um representante da CNBB —, o foco será na educação humanista, inclusiva, solidária em prol de todas as pessoas para, assim, trazer sólidos elementos que possam ser fundamentos para o Plano Nacional de Educação.