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Cursos de licenciatura devem aliar teoria e prática, defendem especialistas

22/09/2022
Por  ANEC Comunicação

Currículos inovadores e a importância da formação docente foi um dos temas discutidos no segundo dia do Seminário Nacional de Gestão Pedagógica da ANEC, que ocorreu entre os dias 19 e 21 de setembro, de forma virtual.  Para o economista Haroldo Correa Rocha, que atualmente coordena o Movimento Profissão Docente, a formação adequada dos professores é a chave para a guinada na qualidade da educação brasileira.

Segundo o especialista, por mais completa que seja a formação teórica dos profissionais da docência, o que realmente vai preparar o professor é a sua prática em sala de aula. “Teoria e prática precisam caminhar em conjunto, de forma articulada. É preciso mobilizar e conectar os diferentes tipos de conhecimento. A formação é para que o docente exerça a profissão, mas o processo de aprendizagem não é algo que acontece na graduação. Por isso, a coerência dos cursos com a realidade é fundamental”, afirmou Haroldo Rocha, que foi professor e pró-reitor de Administração da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.

Haroldo falou sobre a importância do estágio obrigatório nos cursos de licenciatura e reforçou a necessidade de cumprimento desta etapa de formação dos professores por parte das instituições de ensino. “Um estudo realizado pelo Movimento Profissão Docente com alunos egressos dos cursos de licenciatura de todo o país, mostrou que somente 30% dos graduandos fizeram os estágios estabelecidos em lei. É fundamental que as redes de ensino introduzam um bom estágio probatório para o professor completar o seu desenvolvimento ao longo da sua carreira”, defendeu.

Com mestrado e doutorado em Educação pela USP, coube à psicopedagoga Alice Carraturi falar sobre currículos inovadores para a formação de docentes. De acordo com a educadora, um bom currículo deve trazer a sala de aula para a formação, seja de forma virtual ou presencial. “Os pilares fundamentais da inovação são: desenvolvimento integral; tecnologias digitais; metodologias ativas; escola, território e cultura – tudo isso em um ambiente de Igualdade, equidade e justiça social”, afirmou Carraturi.

Integrante do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, a educadora defende que as instituições de ensino implementem currículos com objetivos claros. “Quando entro em um curso de formação, é preciso ter claro onde quero chegar. O planejamento curricular deve responder perguntas básicas como: O que se quer alcançar? Qual o melhor caminho?; O que é preciso ensinar durante este caminho? E como saber se está no caminho?, dentre outros questionamentos”, explica.


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