A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), em comunhão com toda a Igreja, manifesta júbilo pela eleição do novo Pontífice, o Papa Leão XIV, escolhido pelo Colégio de Cardeais reunido em conclave sob a inspiração do Espírito Santo. Em espírito de comunhão e esperança, saudamos com alegria aquele que foi, sob a inspiração do Espírito Santo, por meio do Colégio de Cardeais reunido em conclave, para pastorear a Igreja neste novo tempo.
Neste momento histórico, renovamos nosso compromisso com a missão evangelizadora da Igreja e com a construção de uma educação integral, solidária e promotora da paz, inspirada nos valores do Evangelho e na tradição da Igreja.
Confiamos a Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida e de todos os santos e santas, o governo do novo Pontífice. Esperamos que num tempo repleto de desafios como o que vivemos, o Papa seja um sinal de unidade, coragem e esperança especialmente na promoção da paz mundial.
Rogamos ao Espírito Santo que o ilumine em sua missão e que a sua liderança inspire educadores, estudantes e famílias a viverem com renovado ardor a fé e o compromisso com uma educação católica transformadora.
Nome de batismo: Robert Francis Prevost
Data de nascimento: 14 de setembro de 1955
País de origem: Estados Unidos (Chicago, Illinois)
Ordem religiosa: Ordem de Santo Agostinho (O.S.A.)
Lema pontifício: In illo uno unum (“No único [Cristo], somos um”)
Data da eleição: 8 de maio de 2025
Nome escolhido: Leão XIV
Eleito como sucessor de Francisco, o Papa Leão XIV — anteriormente Cardeal Robert Prevost — é um pontífice marcado por profunda experiência missionária, forte formação canônica e fidelidade à visão sinodal da Igreja. Ex-prefeito do Dicastério para os Bispos, seu nome surgiu como uma alternativa de consenso no conclave, reconhecido por unir sensibilidade pastoral, competência jurídica e compromisso com os povos da América Latina.
Ao escolher o nome Leão XIV, o novo Papa parece evocar a memória de dois pontífices marcantes: Leão XIII, conhecido como o “Papa da modernidade”, autor da encíclica Rerum Novarum e símbolo do compromisso social da Igreja, e Leão Magno, defensor da ortodoxia cristológica e da autoridade pastoral em tempos de crise. A escolha sugere um desejo de unir firmeza doutrinária e sensibilidade pastoral, promovendo uma liderança serena, mas corajosa, em tempos de transição e desafios.
Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho em 1977 e professou votos solenes em 1981. Possui sólida formação acadêmica: é bacharel em Matemática pela Villanova University, mestre em Teologia pela Catholic Theological Union (Chicago), e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma. Sua tese de doutorado versou sobre a autoridade dos priores locais na tradição agostiniana — já indicando sua atenção à sinodalidade e às mediações da autoridade na Igreja.
Missionário no Peru a partir de 1985, dedicou mais de duas décadas à formação de seminaristas, à vida paroquial, ao serviço eclesial e ao diálogo intercultural, especialmente na região de Trujillo. Foi diretor de seminário, vigário judicial, professor de Direito Canônico e pároco — cargos que sedimentaram seu apreço pela vida eclesial vivida em comunidades periféricas.
Em 2014, foi nomeado administrador apostólico da Diocese de Chiclayo e, no ano seguinte, seu bispo. De 2018 a 2023, atuou também como vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, contribuindo em um período de instabilidade política e social, com reconhecido papel moderador.
Após exercer dois mandatos como Prior Geral dos Agostinianos (2001–2013), foi chamado por Francisco ao centro do governo da Igreja: primeiro como bispo de Chiclayo e, depois, como prefeito do Dicastério para os Bispos (2023–2025). Em menos de dois anos, destacou-se por sua escuta atenta, perfil discreto e clareza técnica, especialmente na seleção de novos bispos — missão estratégica em tempos de reformas eclesiais. Seu trabalho foi elogiado por sua capacidade de síntese, perguntas criteriosas e espírito de comunhão.
Participou de ao menos sete dicastérios e da Comissão para o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, testemunhando a confiança pessoal que o Papa Francisco nele depositava.
O novo Papa herda um mundo marcado por crises múltiplas e um catolicismo em reorganização. Leão XIV compartilha da visão eclesial de Francisco: uma Igreja em saída, próxima dos pobres, atenta aos migrantes, aberta ao diálogo cultural e pastoral. É um defensor da colegialidade episcopal e da escuta sinodal, embora apresente posições discretas em temas polêmicos — como bênçãos a casais homoafetivos ou a ordenação de diaconisas — mostrando abertura moderada, mas prudente.
É considerado um pontífice sensível às feridas dos abusos sexuais e atento à necessidade de justiça às vítimas, embora seu histórico traga questionamentos e acusações mal resolvidas que ainda demandam esclarecimento público. Leão XIV terá a responsabilidade de consolidar a credibilidade e a transparência institucional, dando respostas firmes a um tema decisivo para o futuro da Igreja.
Primeiras palavras: paz, pontes e missão
Na tarde de sua eleição, o Papa Leão XIV dirigiu-se ao mundo com uma saudação profundamente espiritual, marcada por humildade, esperança e continuidade com o pontificado de Francisco. “Que a paz esteja com todos vocês!” — assim iniciou sua primeira mensagem pública, ecoando a saudação do Cristo ressuscitado aos discípulos e apontando, desde o início, o tom de seu pontificado: uma paz desarmada e desarmante, humilde e perseverante, nascida do amor incondicional de Deus por toda a humanidade.
O novo Papa evocou com emoção a imagem de Francisco abençoando Roma em sua fragilidade física, reafirmando com firmeza: “O mal não irá prevalecer, estamos todos nas mãos de Deus.” Com isso, Leão XIV vinculou seu pontificado a uma tradição de esperança resiliente e de fé ativa, convidando todos a prosseguirem, “de mãos dadas com Deus e uns com os outros”, na construção de pontes por meio do diálogo e do encontro.
Em tom fraterno, agradeceu aos cardeais pela confiança e à Igreja de Roma pela acolhida, reafirmando seu desejo de caminhar com o povo como um bispo missionário, agostiniano e servidor. Dirigiu uma saudação afetuosa à sua antiga diocese no Peru, lembrando o povo fiel que o acompanhou na missão episcopal. E concluiu com um gesto de devoção mariana, convocando todos a rezarem juntos à Virgem de Pompéia, pedindo sua intercessão pela nova missão, pela paz no mundo e pela caminhada sinodal da Igreja.
Suas palavras iniciais revelam um pontífice de espírito contemplativo, coração pastoral e profundo senso eclesial — alguém que se propõe a unir fé e escuta, doutrina e caridade, tradição e abertura, guiando a Igreja com serenidade e esperança.
Texto baseado no The Cardinal Reports
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