O Papa Francisco, em sua encíclica Laudato si’, que em maio deste ano completou 9 anos, destaca a importância da conexão do ser humano com a natureza e o meio ambiente, chegando a mencionar uma relação de irmandade. No número 53 da Lautado Si’, o Santo Padre afirma que exploração e a falta de cuidado com a Casa Comum e os pobres “provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo. Somos chamados a tornar-nos os instrumentos de Deus Pai para que o nosso planeta seja o que Ele sonhou ao criá-lo e corresponda ao seu projeto de paz, beleza e plenitude”.
No Brasil, uma das iniciativas que ampliam as repercussões da Laudato si’ é a Lei nº 14.393/2022 que instituiu a Campanha Junho Verde. O texto foi sancionado no dia 4 de julho de 2022. A iniciativa estabeleceu a celebração de um mês temático como parte das atividades educativas sobre o meio ambiente. A proposta originou-se de uma proposta da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Junho Verde acontece também no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste dia 5 de junho. Durante todo o mês são trabalhadas atividades de incentivo à conscientização e à proteção do meio ambiente.
O artigo segundo, no parágrafo primeiro da Lei, destaca que o objetivo do Junho Verde é desenvolver o entendimento da população acerca da importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações.
Nesse contexto, a Comissão Episcopal para Cultura e Educação da CNBB, através da Pastoral da Educação enviou, neste ano, uma carta às diretorias e educadores, incentivando a mobilização da comunidade escolar no processo de conscientização ambiental dos alunos por meio do projeto educativo Junho Verde. “A mobilização em pequenos grupos de pessoas que acreditam e sonham com uma humanidade capaz de cuidar da nossa grande e bela casa comum é um passo importante”, ressalta um trecho da carta.
No Colégio Dom Cabral em Campo Belo (MG) está sendo desenvolvido o projeto Guardiães do Meio Ambiente. A coordenadora pedagógica, Naiara Costa afirma que o projeto está em comunhão com as propostas do Junho Verde.
“O projeto propõe mobilizar alunos e familiares, com ações pedagógicas de conscientização e conservação da nossa Casa Comum. Trabalharemos os temas da Ecologia Integral através de ações envolvendo os alunos como atores principais do cuidado e preservação da escola, casa, natureza e comunidade em geral. Somos guardiões da Casa Comum!”.
O assessor do Setor Educação da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB, padre Júlio Resende, defende que a educação ambiental é um importante elemento do processo de ensino-aprendizagem. “Ajuda os estudantes a despertarem para a consciência que toda a vida humana está inserida no meio ambiente’.
De acordo com o padre, o Junho Verde tem sido um importante instrumento para aprimorar a consciência educativa-formativa. “As gerações precisam repensar os modelos que temos usado de relacionamento com a nossa Casa Comum – a natureza -, com o uso dos recursos naturais, em vista da sustentabilidade da vida futura no planeta”.
Por fim, na carta, a Pastoral da Educação indicou sugestões pedagógicas para aprofundar a questão ambiental e da Casa Comum nos espaços escolares:
Educação infantil e anos iniciais: (aqui)
Juventudes e adolescentes: (aqui)
Material para Roda de Conversa (aqui)
Com colaboração de Claudia Pereira e Osnilda Lima | Cepast-CNBB
Texto e imagem: CNBB
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