O setor privado de ensino superior apresentou ontem ao Ministério da Educação (MEC) várias propostas para a nova versão do Fies, programa de financiamento estudantil, que deve ser lançada pelo governo em março. Segundo o MEC, as medidas estão alinhadas com os estudos do governo. “Estão sendo estudadas mudanças em prazos de pagamento, amortização e
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Outra ideia é reduzir para seis meses o período de carência de amortização da dívida do aluno e restringir o prazo de pagamento para duas vezes o tempo de duração do curso – atualmente esse limite é de três vezes – e aumentar a fatia da mensalidade que vai para o fundo garantidor do Fies. Hoje, essa participação é de 5,6%.
Outra ideia é reduzir para seis meses o período de carência de amortização da dívida do aluno e restringir o prazo de pagamento para duas vezes o tempo de duração do curso atualmente esse limite é de três vezes e aumentar a fatia da mensalidade que vai para o fundo garantidor do Fies. Hoje, essa participação é de 5,6%.
Apesar das queixas de os alunos com menor renda não atingem a pontuação exigida no Enem, as escolas sugerem manter a renda per capita familiar de até três salários mínimos e nota de pelo menos 450 pontos no Enem. Também devem permanecer a taxa de juros anual em 6,5% e o pedido de fiador para contratos de alunos com renda acima de 1,5 salário mínimo.
Nesse processo de reformulação do Fies, o governo chegou a cogitar repassar o Fies para o setor privado. No entanto, os bancos consideraram o risco muito elevado e não se interessaram em assumir o programa de crédito.
No primeiro semestre, as instituições ofertaram 935,8 mil vagas para o Fies, neste semestre, o que representa um aumento de 21% em relação ao mesmo período de 2016. O MEC abriu 150 mil novas vagas, sendo que 556 mil alunos se inscreveram no programa. Do total de novas vagas, 30% foram destinadas a cursos na área da saúde, 23% em engenharia e ciências da computação, 7% para formação de professores e 40% foram divididas entre as demais graduações.
Ontem, o MEC divulgou o custo do aluno com Fies em comparação ao desembolso com um estudante de universidade pública. Cada aluno com Fies representa um gasto médio de R$ 4 mil a R$ 5 mil por ano. Na USP, essa despesa anual é de R$ 48 mil; na UFRJ, de R$ 43 mil; na Unicamp, de R$ 42 mil; na UnB, de R$ 39 mil e na Universidade Federal de São Carlos, de R$ 27 mil.
Fonte: Valor Econômico