• Congresso aconteceu na capital mineira (BH)

  • Evento começou no dia 19 e vai até até 21 de julho

  • Missa marca abertura do IV Congresso Nacional de Educação Católica

  • Celebração de abertura do IV Congresso da ANEC

  • Palestrante Gabriel Perissé (dir)

  • Grande público compareceu ao evento promovido pela ANEC

  • Palestra sobre Ética Sustentabilidade e Inovação realizada do segundo dia do evento

  • Fórum do IV Congresso da ANEC

  • Fórum de Comunicação e Marketing realizado durante o congresso da ANEC em 2017

  • Fóruns de educação marcaram o segundo dia do congresso

  • Último dia de atividades do Congresso da ANEC

Após muitas reflexões mais de 1300 pessoas envolvidas diretamente com a educação no intuito e na busca de uma educação de qualidade para que crianças e jovens sejam protagonistas da história brasileira, encerrou-se nesta sexta-feira (21) o IV Congresso Nacional de Educação Católica promovido pela Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), realizado no BH Hall, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Antes do termino, conforme realizado nos dias anteriores e descrita na programação, foi celebrado missa presidida pelo reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Joaquim Giovani Mol Guimaraes. Após a missa houve apresentação de um painel e um eixo simultâneos que despertaram e provocaram os participantes a pensarem no processo de mudanças que o mundo está passando.

No painel, dirigido pelo prof. Ari Eustáquio, o tema escolhido foi “O protagonismo Juvenil no Processo Educacional”. O tema oportuno teve como um dos painelista o representante da Pastoral da Juventude de Minas Gerais, Guilherme Gutierrez Godoy que explanou sobre importância em aceitar e incluir aquele que é diferente. Logo no início, Godoy fez um resgate da história dentro da pastoral no Brasil, na ocasião, ressaltou o olhar que a igreja tinha para com a sociedade. Dentre as afirmações, Godoy disse que a sociedade tem evoluído de maneira acelerada, gerando conflitos. “ A missão da pastoral é olhar para essa juventude como sujeitos, como compositores da obra. Temos que entender a subjetividade de cada um deles, sendo o grande desafio atender e colher”, disse Godoy.

Já o representante do AppProva/BH, Matheus Goyaz falou sobre o processo de transformação da tecnologia e afirmou que se as escolas estabelecerem uma parceria junto as soluções tecnológicas, ao governo e a família, a educação irá melhorar e com certeza será observado um engajamento maior por parte dos alunos. Antes de finalizar, Goyaz fez uma provocação aos que estavam presentes, perguntou a eles como querem formar a nova geração, diante das mudanças tecnológicas, sendo que, em um futuro bem próximo, possivelmente muitas profissões deixarão de existir?

“A educação no processo civilizatório brasileiro” foi o tema da primeira conferência do terceiro e último dia do evento, no eixo de Ensino Superior. O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, conduziu a discussão e defendeu que o processo civilizatório repousa em valores que vão além dos aspectos científicos ou do Estado democrático de Direito. Para ele, o processo também   perpassa pela educação, que tem papel fundamental nesse processo, já que é o meio de superar mazelas sociais que impedem esse progresso, como o preconceito, a discriminação de minorias, a desigualdade e a violência contra a mulher. “A educação sempre é um processo civilizatório. É a construção de autonomias e de responsabilidades”, disse.

Ele citou Jacques Delors, autor e organizador do relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, que define os quatro pilares da educação no século XXI: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. “Esses são os fatores educativos que avançam o processo civilizatório”, afirmou.

Sustentabilidade e meio ambiente foram os temas centrais da terceira palestra da manhã “Desafios da consciência ecológica planetária para a educação católica à luz da Laudato Si”, conduzida pelo reitor da PUC-Rio, Pe. Josafá Carlos de Siqueira. Ele ressaltou que a consciência ambiental é um tema que tem estado cada vez mais em discussão e que, tanto a ciência quanto a sociedade brasileira têm voltado o olhar para as causas ambientais. Siqueira citou a Igreja como uma das protagonistas para o engajamento dessa causa. Prova disso são os temas da Campanha da Fraternidade, organizada pela CNBB, que, frequentemente, abordam questões socioambientais, como este ano.

Siqueira comentou alguns aspectos da Laudato Si, encíclica de Papa Francisco, publicada em 2015, que versa sobre o meio ambiente e a sociedade. Entre outros pontos, ele ressaltou a importância de dialogar e promover o encontro de saberes, a fim de promover uma visão sistêmica da sociedade. “Somos educadores e apostamos em uma educação de qualidade. O nosso diferencial, das escolas católicas, é a formação humanística. A gente aposta que a educação é o caminho para um mundo mais correto e condizente”, disse.

“Caminhos para a educação católica” foi o tem do painel de encerramento da quarta edição, proferida pelo reitor da Unisinos e presidente do Conselho Superior da ANEC, Pe. Marcelo de Aquino, que na fala dele afirmou que todo o projeto educativo é feito de relacionamento e, é através do relacionamento, que vamos crescendo na liberdade de espirito e na construção de uma sociedade.

Na ocasião do encerramento, foi anunciado Cuiabá como o próximo estado a receber o V Congresso Nacional de Educação Católica, em 2019.

 

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