Em entrevista à Folha de São Paulo, no dia 18 de Julho, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, anunciou que o Ministério da Educação realizará alterações na Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio. Desde a entrega do texto da Base ao Conselho Nacional de Educação e da realização das Audiências Públicas, várias críticas foram feitas no que se refere a falta do detalhamento de conteúdos das áreas de ciências humanas e das ciências da natureza e a falta de competências específicas para a parte diversificada.
As notas técnicas entregues pela a Associação Nacional de Educação Católica – ANEC nas Audiências Públicas já vinham destacando as seguintes preocupações com a BNCC do EM: 1) o tempo para formar o docente; 2) a adequação de currículos e da reorganização dos arranjos para atendimento dos itinerários formativos; 3) definição clara das competências da parte diversificada e 4) a falta dos objetos de conhecimento dos componentes curriculares.
Segundo a professora Roberta Guedes, gerente da Câmara de Educação Básica da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), as alterações que serão realizadas são pertinentes e demonstram à disposição a dialogar sobre os pontos que causam preocupações. A professora destaca que, em uma sociedade democrática a sociedade deve ser ouvida e ficou claro que o documento da BNCC do Ensino Médio não deixava as instituições educacionais confortáveis no que se refere as orientações curriculares para a organização do trabalho pedagógico. Portanto, o que a ANEC espera é que o MEC e o CNE estejam sensíveis as sinalizações que os representantes dos diversos segmentos da sociedade têm trazido nas audiências públicas.
Além da BNCC, o governo tem trabalhado na elaboração de outros dois documentos que vão agregar e complementar a reforma do Ensino Médio. Um deles é a chamado Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, que foca na organização e não na parte curricular.