Sob o tema Novo Ensino Médio, a ANEC realizou nesta quinta-feira, 3, um Fórum com espaço para debates e reflexões. Palestras e salas de discussões levaram ao público o conhecimento teórico para a implementação do novo modelo educacional.
Segundo Roberta Guedes, gerente da Câmara de Educação Básica, o momento exige a participação conjunta de todos educadores e há lugar e espaço de fala para todos. “É necessário dialogar para o bem comum. Se faz necessário também conhecer o que se fala para unificar opiniões. Esclarecer-se em primeiro plano e logo após debater para, assim, haver uma implantação que seja a mais honesta com a educação de qualidade social”, reforça Roberta.
Dilnei Lorenzi, Pró-Reitor da UCB, ressaltou também a relevância da participação da ANEC em discussões sobre a educação em cenário nacional. “O papel da Associação neste momento é fundamental, por ser quem nos representa em todo o segmento da educação católica. Foi identificando as dificuldades de operalização nesse novo cenário, que a ANEC oferece esse espaço para ajudar em toda uma discussão sobre a nova Lei do Ensino Médio”, ressalta.
A liberdade de opiniões e pensamentos foi o que mais chamou a atenção de Maria Rosangela Viegas, diretora pedagógica do Colégio Maria Imaculada. “O debate nos fortalece em saber que os outros têm as mesmas dúvidas e dificuldades. É um engrandecimento trazido para o público em forma de ideias e novos conhecimentos”, ressalta Maria sobre a importância do evento.
Cenários da Nova Lei do Ensino Médio
A nova Lei do Ensino Médio (Lei 13415/17) faz parte do pacote de medidas e mudanças na educação no Brasil. O texto designa a divisão das disciplinas em cinco áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas/sociais e formação técnica/profissional. Prevê ainda a implantação progressiva do ensino integral, com sete horas de aulas por dia ou 1,4 mil horas por ano, isso após cinco anos.
Com o intuito de levar ao público a ideia do novo modelo o Coordenador-Geral de Ensino Médio do Ministério da Educação, Prof. Wisley Pereira, levou ao público cases de sucesso em escolas públicas e privadas, em âmbito nacional e internacional, na implementação do novo E.M.
Wisley destaca o cenário para a implementação do marco regulatório. “A reforma é baseada em muito estudo e pesquisa de modelos internacionais que deram certo. O Ensino Médio brasileiro era o único no mundo que não oferecia flexibilização”, pondera e continua. “A grande ideia é olhar para o cenário internacional e construir uma proposta que se adeque a realidade brasileira”, encerra.
Para Joaquim José Soares Neto, membro do Conselho Nacional de Educação Básica e Relator da BNCC o evento serviu para a formação dos gestores. “Buscamos passar uma maior compreensão e entendimento do panorama da normatização da educação brasileira, para que os educadores tenham mais clareza sobre a implementação”, explica.