A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB) está distribuindo panfletos nas paróquias e outros pontos de todo o Brasil, sobre o tema “Copa do Mundo Dignidade e Paz”. O folder organizado pela Pastoral do Turismo da CNBB, surgiu após encontros entre representantes das 12 cidades-sede do mundial e busca mostrar formas de acolher o turista e orientar as comunidades locais sobre os riscos de um evento como a Copa do Mundo.
O documento aborda desde a exploração escrava do trabalho, exploração sexual, o tráfico de pessoas, tráfico de entorpecentes e a expectativa que a maioria do povo brasileiro aguarda a Copa Mundial no Brasil.
Na publicação, a Igreja expressa preocupação com a exclusão de milhões de cidadãos ao direito à informação e à participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para o evento e com o desrespeito à legislação e ao direito ambiental, trabalhista e do consumidor.
O folder ainda traz exigências de que aconteçam ações eficazes para evitar o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, com “punição exemplar e ágil para com os infratores”.
Algumas ações sugeridas no folder também foram lembradas por dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá(PR) e responsável pela Pastoral do Turismo – para que todos os párocos, padres, agentes de pastoral, distribuam os folders em todas as celebrações e também nas reuniões da comunidade.
“Nós queremos que esse material, principalmente nas cidades-sede, faça com que a Igreja se envolva na divulgação e conscientização. Prepare o nosso povo para que saibamos acolher os turistas – trabalhamos pela dignidade, pela paz e jogando sempre pela vida”, afirmou Dom Anuar.
Considerado como documento motivador, o folder tem em seu texto trechos da mensagem da CNBB, “Jogando pela Vida”, sobre a Copa do Mundo, publicada em 13 de março deste ano. Dom Anuar, destacou a parte que fala do êxito que poderá ser alcançado com o evento.
“O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência”, recordou.
Com informações da CNBB e Pastoral do Turismo